A seleção feminina de futebol do Brasil chega à decisão da medalha de ouro nas Olimpíadas de Paris com uma marca um tanto quanto curiosa: 114 minutos a mais adicionados pelos árbitros em suas cinco partidas. Esse tempo adicional representa praticamente um jogo completo a mais na conta das brasileiras. Mas tá certo isso?
Na partida conta a França foram acrescidos 19 minutos no segundo tempo; e foram outros 18 na vitória contra a Espanha, na semifinal.
O fato é que, apesar do calor de reclamações da torcida, os acréscimos exagerados nos jogos do Brasil não são um caso isolado. Durante a Copa do Mundo, observou-se a mesma tendência, que agora parece se consolidar nas Olimpíadas.
A orientação da FIFA é clara: todas as perdas de tempo, sejam elas devido a substituições, atendimentos médicos, faltas ou checagens do VAR, devem ser compensadas com tempo adicional – independentemente de quanto isso prolongue o jogo.
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Até agora, a seleção feminina jogou cerca de 564 minutos em suas cinco partidas nas Olimpíadas, resultando em uma média de 23 minutos de acréscimos por jogo, ou seja, 11,5 minutos para cada tempo. Esse número é maior do que a média geral do torneio, que registra 15,37 minutos de acréscimos por jogo em 54 partidas dos torneios masculino e feminino.
O adversário do Brasil na final, os Estados Unidos, também acumulou um tempo de jogo prolongado, chegando à decisão com 573 minutos jogados, resultado de duas prorrogações no mata-mata. As duas equipes se enfrentam no próximo sábado, às 12h (horário de Brasília), no estádio Parque dos Príncipes, em Paris, na final.