O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, utilizou sua rede social Truth Social para criticar duramente a bispa de Washington, Mariann Edgar Budde, e exigir um pedido de desculpas público.
Trump acusou a líder religiosa de ser uma "hater" e "radical de esquerda" após um sermão em que ela pediu "misericórdia" em relação às políticas de imigração e direitos das comunidades LGBT, realizado durante um culto especial na igreja St. John’s Episcopal Church, em Washington.
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A celebração, que ocorreu como parte da programação oficial da posse de Trump, foi marcada pela presença do republicano e sua equipe. Durante o sermão, Budde expressou preocupação com "crianças com medo de ter seus pais levados embora" e comunidades que vivem sob tensão constante devido às políticas imigratórias rígidas promovidas por Trump.
Críticas de Trump à bispa
Em sua postagem, Trump classificou o sermão de Budde como "extremamente entediante e sem inspiração", acusando-a de levar a igreja "para o mundo da política de uma forma muito desrespeitosa". Além disso, afirmou que a bispa e sua congregação "devem desculpas ao público" por suas declarações durante o culto.
O ataque verbal ocorre em um contexto de endurecimento das políticas imigratórias por parte do ex-presidente. Na segunda-feira (20), Trump lançou uma ampla repressão contra a imigração, incluindo a utilização do Exército na segurança da fronteira e a proibição de concessão de asilo a novos imigrantes.
Quem é Mariann Budde
Mariann Edgar Budde é a primeira mulher a ocupar o cargo de bispa de Washington, posição que assumiu em 2011. Ela lidera 86 congregações episcopais e tem uma trajetória marcada pela defesa dos direitos humanos e pela atuação em causas sociais.
Budde ainda não se pronunciou publicamente sobre as declarações de Trump. No entanto, dentro da Igreja Episcopal dos EUA, é comum que líderes religiosos se posicionem sobre temas políticos, especialmente em relação à justiça social.