O palco da Concha Acústica do Teatro Castro Alves recebeu o panteão de artistas da banda Cheiro de Amor, nesta quinta-feira (23). O show, que vai resultar na gravação de um audiovisual, celebra os 45 anos de existência do grupo, com a presença de quase todos os ex-vocalistas do grupo: Alinne Rosa, Vina Calmon, Carla Visi, Laurinha Arantes e Sergynho Pimenta.
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Um dos assuntos da noite foi o cenário e o futuro da axé music, que, neste ano, completa quatro décadas de criação. Em entrevista ao Grupo A TARDE, Sergynho disse que para o gênero musical seguir em cena, é preciso persistência e não deixar a agenda cultural de lado.
“Seguir forte e não desistir. O axé tem a característica de levar alegria, felicidade, participação, calor público. É só continuarem fazendo as festas que, com certeza, vão vir muito mais do que 40 anos para a frente, sem dúvida nenhuma”.
O cantor também relembrou sua carreira meteórica na banda. Sergynho iniciou sua carreira em 1988 no carnaval de Salvador como vocalista da banda Karamelo. Em 1990, assumiu os vocais da banda Papa-Léguas, onde permaneceu por três anos. Em 1992, integrou a Cheiro de Amor e, após sua saída, fundou a Pimenta N'ativa em 1993, que alcançou sucesso com hits como "Maria Joaquina" e "Tantã".
“Foi o Cheiro que me alavancou [...] Então, para mim, é um filme que passa, e a música tem esse poder, de cada vez que você escuta uma música, você lembrar de um momento da sua vida”.
Vocalista da banda por cerca de 10 anos, Vina Calmon pediu união entre os colegas da axé music para garantir o sucesso por mais anos. “Nós temos talento, nós temos arte, nós temos cultura, nós temos música…É sobre isso que a gente precisa falar, mas para acontecer, nós precisamos de união, para além dos artistas, dos empresários também, de olhar com mais carinho para essa música”, afirmou.