O Brasil está pronto para entrar em campo pela última rodada do Grupo G da Copa do Mundo do Catar. A Seleção Brasileira vai utilizar um time alternativo diante de Camarões hoje, a partir das 16h (da Bahia), no estádio Lusail, na despedida da fase inicial da competição. Já garantida no mata-mata, um simples empate carimba o primeiro lugar da seleção Canarinho.
Único pentacampeão mundial, o Brasil também vai defender um longo tabu, já que não perde um jogo de fase de grupos do torneio desde 1998, quando foi derrotado pela Noruega. Esta já é a maior marca da história da competição, mas os jogadores e a comissão técnica não pensam em uma zebra contra os africanos hoje à tarde.
Diferentemente das duas primeiras partidas, quando o mistério fez parte da preparação, a comissão técnica já divulgou a provável escalação inicial e a Seleção entrará em campo com um time reserva. Alguns jogadores que ainda não atuaram no Mundial terão a oportunidade de mostrar seus valores e que merecem mais chances do professor Tite. Bremer, Fabinho e Daniel Alves, que será o capitão da equipe, por exemplo, terão os primeiros minutos na Copa.
Leia mais:
Neymar ostenta mais de R$ 1 bilhão em veículos; Confira
Camarões é um bom e velho freguês da Seleção Brasileira
O lateral-direito, inclusive, foi o nome mais contestado após o anúncio da convocação oficial. Entretanto, em coletiva ontem, o baiano fez questão de minimizar as críticas e relembrou a sua história de quase 20 anos com a Amarelinha.
“É normal que as pessoas contestem pela idade, por não estar no melhor momento, mas a Seleção e a Copa não são somente estar no melhor momento no clube. É estar no melhor momento dentro da Seleção. E isso que procurei fazer desde 2003, quando cheguei à Seleção pela primeira vez”, recordou-se.
Ao estrear no torneio, Dani irá bater também uma marca história. Ele será o jogador mais velho a entrar em campo com a camisa do Brasil numa Copa. Além disso, será a primeira vez que um atleta baiano usará a braçadeira de capitão em um Mundial.
Representa o fato de vestir a camisa da Seleção Brasileira. Não importa a competição, se é amistoso, o que importa é representar o país em uma competição tão grandiosa como a Copa do Mundo. Para mim é motivo de orgulho. São muitos anos de história e poder encerrar esse ciclo jogando uma Copa do Mundo é uma satisfação muito grande.
Daniel Alves, lateral-direito
Do outro lado, com chances mínimas de classificação, os camaroneses encaram o duelo como uma final e vão com tudo em busca da vitória. Pelo menos, é o que garante o treinador Rigobert Song. “É como uma final! Vai ser um jogo importante e faremos de tudo para vencer”, projetou.
Song ainda relembrou as zebras que já aconteceram na atual edição da Copa. “Preciso me concentrar no que fazer para livrar a minha seleção das dificuldades. Vimos que a França teve dificuldades e podemos pensar que será igual. Faremos de tudo pelos três pontos”, concluiu o técnico.
Tite exalta lateral-direito
Em entrevista coletiva ao lado de Daniel Alves ontem, o técnico Tite saiu em defesa do lateral-direito baiano, que foi bastante criticado após ter seu nome na lista para o Mundial.
“A gente tem jogadores com características diferentes. Quando ele fala de ataque, eu trato como construção, armação. É um jogador com virtudes técnicas impressionantes. Por isso ele tem essa longevidade em alto nível. A exigência dele não é velocidade”, disse. O comandante brasileiro ainda destacou a importância da partida para os reservas. “É uma oportunidade de alto nível eles competirem. É um risco? Sim, mas uma oportunidade para mostrarem toda sua qualidade”, concluiu Tite.
*Sob a supervisão do editor Léo Santana
leia também