Apesar da permanência garantida na Série A para 2024, é certo que a temporada do Bahia foi de grande instabilidade no chamado 'ano zero' sob gestão do Grupo City. Devido aos maus resultados, sobraram críticas para técnicos, jogadores e também dirigentes. Entre quem não fica na beira do gramado, o diretor de futebol Cadu Santoro foi o mais marcado.
Santoro teve sua primeira experiência como nome forte do futebol de um clube, tendo bastante experiência pelo City na área de scouting e recrutamento de atletas. No entanto, mesmo com o investimento de cerca de R$ 114 milhões no total, o Esquadrão sofreu no Campeonato Brasileiro e flertou com o rebaixamento.
Responsável direto pela montagem de elenco do Bahia, Cadu Santoro foi um dos alvos do protesto ameaçador na terça-feira (5), quando foram deixados na frente do CT Evaristo de Macedo, sacos plásticos simulando a morte dele e de alguns jogadores.
Elogiado por Ceni
Contratado pelo próprio Cadu Santoro, o técnico Rogério Ceni saiu em defesa do diretor de futebol. Segundo ele, Santoro é um cara de boa índole e "vai fazer o Bahia crescer". Quem também foi elogiado pelo treinador foi o peruano Raul Aguirre, CEO da SAF do Esquadrão.
"Quero agradecer também dois caras que quase não falam, que são o Raul e o Cadu. São caras que sempre me trataram bem. Na derrota contra o Coritiba e na derrota para o América, sempre me trataram igual. Nunca mudaram o jeito de ser. Eu sei, pelas diretrizes do grupo, que o Cadu fala muito pouco. São caras do bem, corretos, e tenho certeza que vão fazer o Bahia crescer. Queria falar isso porque é o primeiro lugar que eu trabalho que os caras olham para mim no triunfo e na derrota e me tratam da mesma maneira", enalteceu Ceni.
No entanto, existe a possibilidade de Santoro não poder seguir com o trabalho à frente do Bahia. De acordo com o radialista Márcio Martins, da Rádio Itapoan FM, a intenção do Grupo City é demitir ou remanejar o profissional para outra equipe do conglomerado.