O ex-goleiro e ídolo Emerson Ferretti, presidente eleito do Esporte Clube Bahia para o triênio 2024-2026 conversou com a equipe de reportagem do Grupo A TARDE antes da cerimônia de posse, na noite desta segunda-feira (18), na Arena Fonte Nova. Inicialmente o gestor comentou sobre a importância do desafio em administrar a associação.
“A importância, pra mim, é muito grande, porque é a realização de um desejo. Desde o momento que eu saí do Bahia, o desejo era de retornar e voltar a contribuir com o Bahia. E uma das formas seria na área administrativa, a partir do momento que eu encerrei minha carreira de atleta. Eu me qualifiquei, me preparei pra um dia poder estar trabalhando pelo Bahia. O desejo, quis o universo e as coisas se encaminharam para concorrer a presidente. É um desafio gigantesco estar à frente do Bahia, mas deu tudo certo. Estou muito feliz, primeiro com a conquista alcançada e com o desafio que tem pela frente, que eu sei que é de uma responsabilidade enorme de cuidar do objeto de desejo, de amor de milhões de torcedores", disse Emerson.
O Grupo City detém 90% da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Bahia e, por isso, Emerson explicou como será a relação entre a associação e o grupo que comanda o futebol do clube azul, vermelho e branco. "A importância sempre vai ter. Continua sendo o presidente do clube, as funções que mudaram um pouquinho. Se antes o presidente cuidava de tudo dentro do clube, inclusive do futebol, que é o coração do clube, hoje o futebol tem um parceiro forte, com uma capacidade de investimento financeiro muito grande, com expertise. Então a gente fortaleceu o nosso futebol a partir do momento, que traz um parceiro desse nível. E isso tira um pouco da carga em cima do presidente, de cuidar também do futebol. Logicamente que a gente vai estar próximo, vai estar acompanhando dentro do possível também ajudando o Grupo City a desenvolver o futebol do clube, mas a gente fica também livre para poder atuar em outras áreas, então o Bahia hoje pode iniciar um processo em outras áreas de atuação, que vai ser muito importante para o clube também", pontuou.
"Eu acho que é uma relação de confiança, de dois sócios que precisam ter confiança e essa confiança só é conquistada com o tempo, só é conquistada com muita conversa e isso aos pouquinhos, acho que vai sendo construído. A gente não está com pressa. Mas estamos atentos a tudo que está acontecendo, para que a gente possa, assim que possível, estar participando mais ativamente. Então depende muito dessa relação estabelecida de confiança", completou.
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Emerson Ferretti foi presidente do tradicional Esporte Clube Ypiranga, de Salvador, por oito anos consecutivos. Ele aproveitou e relatou como essa experiência pode ajudar na gestão tricolor.
"O Ypiranga foi um aprendizado grande. Fui atleta a minha vida toda, até os 35 anos. Antes de encerrar minha carreira como atleta, eu voltei a faculdade de administração, me formei. Eu tive a teoria e o Ypiranga me deu a prática, e o aprendizado na prática do que é ser um gestor, do que é ser um presidente de um clube de futebol num cenário completamente diferente. O clube estava fechando as portas e tive que evitar que isso acontecesse. Isso me dá uma base para eu poder administrar o Bahia", concluiu.