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Vá em paz, Lobo - 06/01/2024, 11:53 - Da Redação

Portal Massa! traz as falas marcantes de Zagallo; relembre

Ex-técnico e ex-jogador multicampeão morreu na noite de sexta (5)

Zagallo morreu aos 92 anos
Zagallo morreu aos 92 anos |  Foto: Reprodução / Instagram

Mário Jorge Lobo Zagallo deixou uma forte impressão na história do futebol brasileiro e mundial. Ao longo de uma carreira repleta de conquistas e polêmicas, o ex-jogador e ex-treinador multicampeão, que nos deixou, aos 92 anos, no Rio de Janeiro, na sexta-feira (5), eternizou diversas falas icônicas.

A memória do Velho Lobo é permeada por bordões que se tornaram verdadeiras marcas registradas. O Portal Massa! reuniu algumas das falas emblemáticas do apaixonado pelo número 13. Veja, abaixo.

Sobre a fama que o perseguiu em boa parte da carreira

"Só ganha títulos quem faz gols, então eu não poderia ser retranqueiro. Quiseram me tachar assim, mas eu sabia o que fazia. O que se joga hoje é o 10-0, volta todo mundo. Hoje o mundo inteiro joga retrancado. Será que só tem Zagallo treinando?".

Sobre o esquema que utilizou na seleção para a Copa de 1970

"Se o [João] Saldanha continuasse, ele iria jogar num 4-2-4, totalmente superado. Com o 4-2-4, problemas surgiam na defesa brasileira. O Brasil fez a mudança tática do 4-2-4 para o 4-3-3 comigo, e o Brasil foi campeão com essa mudança. A realidade é essa e foi comprovada."

Sobre a decisão, dez anos antes de chegar à seleção, de 'aposentar' a mais nobre camisa do futebol

"Em 1948, eu jogava com a camisa 10 no América. Com 17 anos, pensei: 'no ano que vem, não jogo mais com essa camisa 10, porque não vou chegar nunca à seleção com ela. Vou passar para a camisa 11, que é o caminho mais curto para chegar à seleção'. Com 17 para 18 anos, virei o máximo. E acabou acontecendo."

Sobre sua frase mais célebre, proferida após a vitória sobre a Bolívia na Copa América-1997

"Começaram a fazer onda, [jornalistas] diziam que iam me tirar da seleção. Essa situação ficou no ar e eu tinha que esperar o momento para falar alguma coisa. Tava na garganta. Quando fomos campeões, saiu na hora: 'Vocês vão ter que me engolir!!!'. Veio lá do fundo, botei pra fora."

Sobre seu número predileto

"O 13 não é superstição, o 13 é santo Antônio, fui influenciado pela minha mulher. A própria imprensa fez com que o 13 voasse mais alto, e o 13 ficou do meu lado, como fé e como número da sorte."

Sobre o momento da conquista do tetracampeonato, na Copa dos EUA 1994

"O Parreira não queria ver os pênaltis. Aí eu falei pra ele, que estava do meu lado: 'Vai bater o Baggio, nós vamos ser tetra agora!'. O Baggio chutou a bola lá na arquibancada [risos]. Que bacana que foi."

Sobre sua relação com o esporte mais popular do planeta

"Para mim o futebol foi uma alegria, foi a minha vida em si. Sou um brasileiro que tem os maiores títulos do mundo. Quero agradecer a Deus por ter olhado por mim e por todos os brasileiros. Porque eu represento esse povo brasileiro."

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