Sete jogos do futebol brasileiro, incluindo um do Flamengo, estão sob suspeita de manipulação, informou o Ministério Público de Goiás (MPGO) nesta terça-feira (28), que lançou mais uma fase da Operação Penalidade Máxima. Segundo o MPGO, a investigação recai sobre um jogo da Série A e dois da Série B, todos realizados em 2022, além de quatro partidas dos campeonatos estaduais da Paraíba e de Goiás ocorridos entre janeiro e fevereiro de 2023.
O da Série A foi a derrota por 2 a 1 do Flamengo para o Avaí, que terminou o campeonato rebaixado, no dia 12 de novembro do ano passado, no Maracanã. As suspeitas sobre esses jogos fazem parte da terceira fase da Operação Penalidade Máxima, lançada em oito municípios de cinco estados com o objetivo de cumprir dez mandados de busca e apreensão.
A operação foi ordenada "visando a apurar a prática de condutas ilícitas que podem configurar organização criminosa para fraudar resultados de partidas de futebol", informou o MPGO em nota.
As duas primeiras fases da investigação ocorreram em fevereiro e abril deste ano, nas quais foi apontada uma "organização criminosa" responsável por manipular 15 jogos, oito deles da primeira divisão de 2022. O grupo teria convencido alguns jogadores a aceitar dinheiro em troca de sofrerem cartões ou forçarem pênaltis e resultados para lucrar com apostas online.
A partir da operação, que estremeceu o futebol brasileiro, 32 pessoas foram acusadas de integrar "organizações criminosas e corrupção no âmbito esportivo". Em setembro, a Fifa puniu em nível mundial dez jogadores brasileiros e um argentino envolvidos em manipulações. Três foram banidos do futebol e os outros oito receberam suspensões de até 720 dias.
Após o escândalo, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou um projeto no Congresso para regular as apostas esportivas, que são legais desde 2018. O plenário do Senado deve votá-lo na quarta-feira (29).