Fã do Barcelona de Pep Guardiola, da Seleção Brasileira de 1982, da habilidade dos jogadores sul-americanos e autodeclarado “maradoniano”. É dessa forma que o português Renato Paiva, novo técnico do Bahia, se apresenta para a nação tricolor.
“Não vejo a hora de conhecer a famosa Nação Tricolor, a Arena Fonte Nova e toda a intensidade e efervescência que cercam um dos clubes com maior torcida e das mais apaixonadas do Brasil”, afirmou Paiva, que completou: “Fechei acordo com o Bahia e também estou ansioso para ver como vai funcionar essa grande parceria com o City Footbal Group”.
Qual o currículo?
Renato Paiva trabalhou por 17 anos no Benfica, por onde passou por todas as equipes de base: sub-14, sub-17, sub-19. Depois comandou o time B por três temporadas. Chegou a comandar o time principal, mas só de maneira interina. E quando achou que seria sua chance, viu Jorge Jesus, que treinou, o Flamengo, ficar com vaga.
Esse foi o gatilho que faltava para o treinador resolver deixar a Europa e realizar o sonho de trabalhar no futebol Sul-Americano. Em 2021, ele foi para o Independiente del Valle, clube pelo qual conquistou o campeonato nacional.
“Passei todos os escalões [do Benfica], desde o sub-14 até chegar na equipe B, que eu costumo dizer que é o trabalho mais difícil do futebol. E essa equipe B me desgastou muito”, comentou Paiva em entrevista ao canal oficial da Conmebol, em 2021.
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Na entrevista, Paiva também comentou sobre suas referências no futebol. “Sou Maradoniano. Não tive a felicidade de ver Pelé. Eu sou muito influenciado por Maradona, Ronaldo, Romário. A primeira grande equipe me marcou foi o Brasil de 1982, foi a primeira equipe que me fez chorar, contra a Itália, com o Brasil eliminado”, disse ele, que completou: “Depois é o Guardiola, o Barcelona de Guardiola”.
O último clube de Renato Paiva foi o León, do México. Por lá, os resultados não vieram. Foram apenas três vitórias em 12 jogos.
O técnico, que é adepto do 3-4-3 como esquema principal, é apenas o segundo europeu a treinar o Bahia e o nono estrangeiro. O primeiro do velho continente a passar por aqui foi o húngaro Janus Tatray, em 1967.