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Na boca da torcida - 10/05/2025, 07:00 - Kaiky Menezes*

Mães dos árbitros são as mais 'homenageadas'

Na véspera do Dia das Mães, profissionais do apito relatam relação de conflitos com torcidas

Árbitros ficam na bronca quando têm mães xingadas
Árbitros ficam na bronca quando têm mães xingadas |  Foto: Arquivo pessoal/Montagem Portal Massa!

Dia das Mães está chegando neste domingo (11)... Uma data tão especial para homenagear aquelas que cuidam, amam e estão sempre presentes nas nossas vidas, da barriga até o último dia. Mas com as mães dos árbitros é diferente, já que são ‘homenageadas’ da pior forma possível todos os dias nas partidas de futebol.

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É quase impossível as ofensas não sobrarem para as mães dos árbitros durante os jogos, mesmo que não seja a intenção real do torcedor. Por isso, o MASSA! entrevistou profissionais do apito do Grupo de Árbitros Independentes, que deram seus relatos sobre essa relação conflituosa.

“É desagradável. Em nenhuma profissão o profissional que está ali trabalhando, é ofendido no seu posto de trabalho, e as pessoas acham que é normal, que é assim mesmo, que é o árbitro. O árbitro é ofendido da hora que chega, até hora que vai embora”, afirmou o árbitro Fabiano Palafox.

“Eu sempre brinco com os amigos meus que apitam na várzea que a gente tem duas mães. Uma que Deus protege e uma que anda na boca de torcedor sem vergonha”, brincou o experiente árbitro Roberto Ferreti.

“Já me acostumei. A maioria das vezes finjo que nem estou ouvindo. Se for algum jogador, vou expulsar. O cara vai me xingar ou a minha mãe no campo. Eu expulso”, detalhou o árbitro Nivaldo Júnior.

Respeitem as mamães

Ofendidos jogo sim, e jogo também, os árbitros mandaram uma mensagem a todos os torcedores que propagam tantas ofensas, principalmente sobre suas mães, tão especiais nesse dia.

“Mãe é algo sagrado. Mexer com a mãe é matar ou morrer”, definiu Nivaldo Júnior, que ainda devolveu uma pergunta para os que ofendem no jogo. “Eu perguntaria se ele não tem mãe? Se ele se colocasse no meu lugar, e eu como torcedor xingasse a mãe dele, se ele iria gostar? Porque ninguém gosta de ter a mãe xingada”, completou.

Já Fabiano Palafox foi um pouco mais leve. “Vamos respeitar o profissional, o pai de família, que sai de manhã e só volta à noite, passa o dia todo sendo desrespeitado por torcedores e jogadores”, finalizou.

*Sob a supervisão do editor Léo Santana

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