O que explica a soberania brasileira na Copa Libertadores? Com Atlético-MG e Botafogo 'nadando de braçada' na competição internacional, o investimento realizado nos clubes brasileiros, nos últimos tempos, pode explicar o fenômeno verde e amarelo.
Veja também:
Vitória se reapresenta com foco em mais um duelo direto na Série A
De volta! Rodrigo Chagas é anunciado como técnico do Jacuipense
De acordo com o Somos Fanáticos, a média salarial dos times brasileiros, que era apenas 0,6% maior em 2020, subiu para 52,7% em apenas quatro anos. Os números foram obtidos no banco de dados do site especializado Capology.
Galo atinge patamar do River em quatro anos
O confronto desta terça-feira (29), em Buenos Aires, é emblemático do aumento do poderio econômico dos clubes brasileiros em comparação aos argentinos. Em 2020, o Atlético-MG, que não estava na Libertadores, tinha uma folha salarial anual de 17,7 milhões de dólares. Já o River Plate, finalista da competição no ano anterior, disputava a Libertadores com uma folha na casa dos 30,1 milhões de dólares. Uma diferença de 12,4 milhões de dólares gastos no elenco. Este ano, o Galo é favorito para eliminar o River com uma diferença de apenas 2,8 milhões de dólares nos gastos com salários (34,3 milhões de dólares contra 37,2 milhões dos argentinos).
No período, o River Plate manteve o mesmo patamar de investimento em salários, enquanto os times brasileiros tiveram aumentos substanciais. O Flamengo abriu 16,9 milhões em gastos com salários em relação ao clube argentino mais rico. Além do Atlético-MG, Palmeiras e Botafogo chegaram a níveis próximos ao do River, em termos salariais.
Hegemonia brasileira em finais cresce junto com a folha salarial
Em 2020, primeiro ano contemplado no levantamento, a diferença da média salarial dos clubes brasileiros e dos clubes argentinos era praticamente inexistente - apenas 0,6% para o lado brasileiro. Foi o primeiro ano em que dois times brasileiros (Palmeiras e Santos) fizeram a final da Libertadores numa sequência de três finais brasileiras seguidas.
Em 2021, a diferença passou a ser de 26,7%. A vantagem brasileira seguiu no mesmo patamar até 2023. No ano seguinte, o número cresceu ainda mais, depois de o Boca Juniors não conseguir a classificação para a Libertadores. Este ano, a diferença foi a 52,7%. Para se ter uma ideia, o Flamengo, brasileiro com a maior folha salarial na Libertadores, paga cinco vezes mais do que três dos cinco times argentinos na competição: Talleres, San Lorenzo e Rosario Central.