A eleição geral para definir presidente, vice e novos 100 conselheiros do Bahia, que irá acontecer em dezembro deste ano, promete ser a mais acirrada desde que os sócios ganharam o direito ao voto. O pleito para 2024-2026, o primeiro com o clube sob gestão do Grupo City, vai contar com cinco candidatos: o jornalista Marcelo Sant'Ana, o ex-goleiro Emerson Ferretti, o radialista Jaílson Baraúna, e os atuais presidentes do Conselho Deliberativo e fiscal do clube, respectivamente, Leonardo Martinez e Marcus Verhine.
O pleito está marcado para 2 de dezembro, com votação online e na Fonte Nova, e hoje o MASSA! inicia a série de entrevistas com os candidatos à presidência da associação tricolor.
O primeiro entrevistado é Leonardo Martinez, que é formado em direito e participou de processos importantes à frente do Conselho. Além da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), ele também foi atuante nos trâmites de acordo do débito com o Banco Oportunity - dívida histórica do clube regularizada neste ano.
Na chapa do grupo ‘100% Bahêa’, Martinez contará com a conselheira Fernanda Tude como vice, que será a primeira mulher na busca por um cargo na diretoria executiva do Bahia. Ela atua na área de eventos e marketing, é advogada por formação e bisneta de Fernando Tude, um dos fundadores do Bahia.
Fale sobre você. Quem é Leonardo Martinez?
LM - Leonardo Martinez é brasileiro, de Salvador, casado há quase 20 anos, pai de dois filhos, formado em Direito pela Universidade Católica e gestor formado pela UNIFACS. Perito avaliador cadastrado no CNAI e no TJ-BA, Advogado membro titular da Comissão do Terceiro Setor da OAB/BA, foi Vice-presidente da AMA-BA (Associação de Amigos do Autista da Bahia) e voluntário atuante por quase oito anos. Autor de projetos voltados para o terceiro setor e com atuação direta em parcerias público-privadas em benefício da Associação. Sou o atual presidente do Conselho Deliberativo, atuei nessa condição como condutor de diversos processos importantes para o Clube, por exemplo: A SAF, reforma estatutária, diplomas legais, acordo de quitação da dívida com o Oportunity, inclusão da reunião obrigatória sobre o futebol no Estatuto, a inclusão permanente das reuniões híbridas do Conselho, que garantem a possibilidade de sócios de qualquer lugar do mundo serem conselheiros, dentre diversos outros.
Partindo deste novo momento dentro do clube, qual a importância do apoio financeiro que a SAF presta para a Associação e quais são os seus planos?
LM - A importância do repasse contratual previsto garantido de 2,5 milhões por ano é importantíssimo, afinal esse valor garante o custeio básico do Esporte Clube Bahia (associação) com seu pleno funcionamento de forma digna. Desse valor é possível garantir o custeio de sede administrativa, salário de colaboradores, encargos, remuneração de presidente e vice-presidente, além de toda a estrutura básica de funcionamento. O planejamento é fortalecer o quadro de sócios, ampliar a atuação e alcance da nossa Associação gerando engajamento não só para os torcedores e sócios de Salvador, mas de todo o Brasil e outros países. Não podemos dizer que o Bahia é o mundo apenas no discurso, precisamos ir para a ação! Temos diversas e importantes embaixadas em todo o Brasil e até em outros países, precisamos chegar neles e fazer dessa paixão uma fonte de renda para ampliar a força do Bahia. Além de fortalecer nossa marca e iniciar projetos de esportes olímpicos, acho fundamental pensar e projetar uma sede social, a qual chamo de sede de convivência tricolor. Nesse ambiente, além de atividades de lazer já conhecidas de uma sede de praia, como campo de futebol, piscina e outras já conhecidas, precisamos incluir atividades sociais voltadas para o público tricolor, a exemplo de oficinas de pais, atividades educacionais profissionalizantes e outras que gerem pertencimento de uma comunidade de torcedores e sócios do Bahia. Outro projeto importantíssimo é dar visibilidade, projeção e dignidade aos nossos ídolos. Garantir através da imagem, presença e força deles, projetos que possam gerar renda para o Bahia e para custear ações em benefício dos próprios ídolos.
LM - A torcida do Bahia é apaixonada e com certa facilidade se vincula a tudo de bom e bem-feito que se relaciona ao nosso clube. Um plano de sócios atrativo e que gere senso de pertencimento é muito importante. Outro ponto que acho fundamental é iniciar um diálogo com o Bahia SAF (Grupo City) para trazer benefícios para o Sócio que se atrele aos dois “produtos” (acesso garantido no futebol e sócio da associação).
LM - A torcida do Bahia é apaixonada e com certa facilidade se vincula a tudo de bom e bem-feito que se relaciona ao nosso clube. Um plano de sócios atrativo e que gere senso de pertencimento é muito importante. Outro ponto que acho fundamental é iniciar um diálogo com o Bahia SAF (Grupo City) para trazer benefícios para o Sócio que se atrele aos dois “produtos” (acesso garantido no futebol e sócio da associação).
LM - Na condição de pré-candidato, digo que essa é uma área que tenho muita experiência e que modestamente conheço o caminho das pedras. Como advogado membro titular da Comissão do Terceiro Setor da OAB/BA e, com a experiência de oito anos à frente da AMA-BA, conheço bastante sobre parcerias público e privada, captação de recursos públicos. Sei como projetar, executar e prestar contas desses recursos.
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Sua gestão tem plano de explorar os esportes olímpicos? Se sim, quais e como?
LM - Na condição de candidato, não tenho dúvida acerca da importância em implantar esportes no Bahia. Essa é a forma mais direta de criar engajamento e interlocução com o torcedor que essencialmente gosta do futebol, que também é um esporte.
Você tem apoio da atual gestão?
LM - Respondendo objetivamente, não! Eu não fui o candidato do presidente Guilherme Bellintani. Para me tornar presidente do Conselho, venci na época um outro candidato apoiado por ele. O Presidente Bellintani deverá apoiar outro nome, isso não me fará inimigo e nem amigo dele. Ele tem a ideia dele e eu tenho a minha, isso não impedirá, da minha parte, de concordar e defender pontos que sejam bons para o Bahia e que tenham partido dele, além de é claro mudar o que não considero bom, foi o que sempre fiz e o que pretendo continuar fazendo.
Por fim, por que o sócio deve votar em Leonardo Martinez?
LM - Como candidato, penso que durante o processo eleitoral os candidatos terão a oportunidade de demonstrar suas qualidades. Será preciso que o sócio observe quem terá condições reais de executar as propostas apresentadas. Para mim a grande diferença está aí, em quem tem experiência e capacidade de execução! Precisamos lembrar que estamos falando de amor, paixão, algo que não se explica que é o nosso sentimento pelo Bahia.
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