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Carta aberta - 21/10/2024, 15:51 - Da Redação

Jogadoras se revoltam e 'dão a ideia' à Fifa contra patrocínio saudita

Estatal petrolífera da Arábia Saudita possui um contrato de patrocínio com a entidade

Fifa tem contrato de quatro anos com a Aramco
Fifa tem contrato de quatro anos com a Aramco |  Foto: AFP

Mais de 100 jogadoras profissionais de futebol de pelo menos 24 países protestaram contra a Aramco, estatal petrolífera da Arábia Saudita. A empresa possui um contrato com a Fifa, entidade em que as atletas enviaram uma carta com o seguinte título: "O patrocínio da Aramco é um dedo do meio mostrado ao futebol feminino".

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O posicionamento foi publicado nesta segunda-feira (21), no site Athletes of the World. As atletas acusam as autoridades do país do Oriente Médio de cometerem "violações brutais dos direitos humanos" e dizem na carta que não querem fazer parte do "encobrimento destas violações".

Não há assinatura de jogadora brasileira até o momento de publicação desta matéria. Atletas da elite do futebol mundial lideram o protesto, como a americana Becky Sauerbrunn, bicampeã mundial (2015 e 2019) e campeã olímpica (2012); a canadense Jesse Fleming, campeã olímpica em 2021; a holandesa Vivianne Miedema, maior artilheira da sua seleção, com 95 gols.

Um contrato de quatro anos assinado em abril fará com que a Aramco, que é 98,5% estatal, patrocine grandes torneios, incluindo a Copa do Mundo masculina em 2026 e a Copa do Mundo feminina em 2027.

"As autoridades sauditas têm gasto bilhões em patrocínio esportivo para tentar desviar a atenção da reputação brutal de direitos humanos do regime, mas seu tratamento às mulheres fala por si. É por causa dos cidadãos da Arábia Saudita, cujos direitos humanos estão sendo violados, que estamos nos manifestando. Não queremos fazer parte do encobrimento dessas violações", assinaram as jogadoras.

"Pedimos à Fifa que reconsidere essa parceria e substitua a Saudi Aramco por patrocinadores alternativos, cujos valores se alinhem com a igualdade de gênero, os direitos humanos e o futuro seguro do nosso planeta. Uma corporação que tem uma responsabilidade flagrante pela crise climática, de propriedade de um estado que criminaliza indivíduos LBGTQ+ e oprime sistematicamente as mulheres, não tem lugar para patrocinar nosso belo jogo", concluíram.

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