Com a presença de mais de 500 jovens talentos, meninos e meninas, o I Campeonato Brasileiro de Futsal Escolar Sub-17 está bem servido de possíveis nomes para despontar no futuro do futsal e do futebol brasileiro. O alto nível do futsal de base do país está sendo apresentado esta semana na Região Metropolitana de Salvador, na Bahia.
Entre os participantes das 19 unidades federativas presentes no estado baiano, alguns atletas já atuaram em equipes da elite do futsal brasileiro e viajaram para representar outros estados. Essa mobilidade e experiência adquirida ajudam a mostrar como o certame nacional é uma possibilidade de projeção para as promessas brasileiras.
Jogadora da ADEF e aluna da Escola Nossa Senhora de Fátima, no Distrito Federal, Geovana Moreira, de 16 anos, está disputando pela segunda vez a maior competição de futsal escolar — ano passado, sua equipe conquistou o segundo lugar da etapa nacional da competição, que até então integrava a programação dos Jogos da Juventude, organizados pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Após este resultado, Geovana foi convidada para disputar a Liga Futsal Feminina (LFF) adulta agora em 2023, atuando em quatro partidas e participando dos treinamentos coletivos de julho a este mês de novembro.
“Foi uma experiência incrível. Eu não estava muito acostumada. Acredito que a cada jogo ficamos mais experientes e sabendo como lidar com o nervosismo, por exemplo, dos primeiros jogos. As expectativas para este brasileiro são muito grandes. Neste ano, pretendemos ficar em primeiro. Acredito que possamos chegar lá”, comentou Geovana, com seu time já classificado para as semifinais da 1ª divisão, que serão disputadas nesta sexta-feira, 24.
Reconhecimento
Maria Eduarda da Rocha, conhecida como “Amazonas” — ganhou o apelido após migrar, por indicação, do seu estado de origem para o Paraná — também busca o reconhecimento no cenário nacional a partir desta competição. Treinando há cerca de dois anos na equipe paranaense do Colégio Armim Matte, a jogadora hoje está consolidada no grupo e com muitas expectativas de mostrar o seu talento para possíveis “olheiros”.
“Foi uma coisa de Deus. É muito gratificante. Jogava as competições municipais no Amazonas, que praticamente não têm olheiros. Mas, conheci uma menina do Pará, Aline, jogando lá. Ela conhecia o professor Giovanni e ele me convidou. Que bom que deu tudo certo e me abriu muitas portas de atuar em outros lugares e nas diferentes categorias estaduais e nacionais como essa, que dão muita visibilidade”, pontuou.
Ela segue com o otimismo em alta após também já estar classificada para as semifinais e marcar três gols nos dois primeiros jogos. Agora, a equipe paranaense, que avançou em primeiro lugar após vencer as adversárias brasilienses, também joga na sexta-feira, 24, no Ginásio Poliesportivo de Cajazeiras. O local recebe as partidas do torneio ao lado da Arena de Esportes da Bahia, em Lauro de Freitas, e o Ginásio do SESI de Simões Filho, todos com a entrada gratuita ao público.
O I Campeonato Brasileiro de Futsal Escolar Sub-17 é realizado pelo Ministério do Esporte, com a parceria da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb), autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), da Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS) e da Federação Baiana de Futebol de Salão (FBFS).