O Ministério Público de Goiás divulgou conversas da quadrilha envolvida em esquema de apostas, onde são revelados planos para manipular atletas em campeonatos estaduais de 2023, entre eles o Baianão.
Em conversa entre Bruno Lopez e Thiago Chambó, dois dos 16 indiciados na operação, em dezembro do ano passado, eles relataram ter muitos contatos de atletas para receber cartões amarelos.
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Thiago Chambó: “Estamos com muito brother para yellow em mano… No papo uns 15, fora os que vão ficar na B". Bruno Lopez: “Eu tô com vários também. Mais pros estaduais”.
Posteriormente, em janeiro deste ano, eles voltaram a tocar no assunto com mensagens de áudios.
Chambó: “Eu tô com contato no campeonato mineiro, tô com contato no campeonato paranaense, tô com contato no campeonato paulista, tô com contato no campeonato baiano, tô com contato no campeonato cearense.”
Lopez: "Eu tenho aqui no mineiro, tenho no carioca, tenho no paulista, tenho nesse sergipano, tá ligado? E tenho no goiano".
Conforme apurado pelo MP, o grupo criminoso atuou mediante cooptação de jogadores profissionais de futebol, com oferta de valores entre R$ 50 mil a R$ 100 mil aos atletas para que eles cometessem eventos determinados nos jogos.
A operação Penalidade Máxima II indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo.
Clubes tradicionais do futebol brasileiro foram impactados e se manifestaram sobre jogadores envolvidos. O Vitória, que teve o capitão Zeca citado nas investigações, manteve o atleta como titular no triunfo sobre o Ceará. Didi, ex-zagueiro do Bahia e atualmente no Avaí, foi citado na investigação por trocar mensagens com um apostador que teria aliciado Eduardo Bauermann, zagueiro do Santos.