
Após a aprovação da venda de 15% dos direitos de transmissão e a migração para a Liga Forte União (LFU), o Vitória divulgou uma nota oficial, nesta sexta-feira (12), para prestar esclarecimentos sobre a operação. O clube reafirmou a validade da votação no Conselho Deliberativo, contestada por parte da oposição, e destacou que o parecer do setor jurídico confirma a legalidade do processo.
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O Rubro-Negro também negou que valores tenham sido antecipados antes da assembleia extraordinária da última quinta-feira (11). De acordo com o comunicado, os R$ 68,2 milhões previstos no acordo com o investidor da LFU ainda não foram recebidos.
O Vitória garantiu que a operação “não se caracteriza, em hipótese alguma, como empréstimo”, mas sim como a cessão de direitos de exploração comercial vinculados à participação do clube no Campeonato Brasileiro entre 2025 e 2074.
O clube ainda lembrou que, a partir de 2030, a adesão à LFU prevê obrigatoriamente a venda de 15% das receitas comerciais. Segundo a diretoria, a expectativa é de crescimento de pelo menos 35% nas receitas, o que representaria ganho de 20% a mais em relação ao modelo da Libra, liga da qual o Vitória decidiu se desligar.
Leia abaixo a nota na íntegra
“Diante da repercussão decorrente da aprovação pelo Conselho Deliberativo do Esporte Clube Vitória, na data de ontem, da proposta apresentada por um Investidor para aquisição de 15% dos direitos a exploração comercial vinculados à participação do Clube nos campeonatos brasileiros, no período entre 2025/2074, assim como da posterior adesão à Liga Forte União, o Conselho Gestor vem a público, em respeito aos sócios e torcedores do Esporte Clube Vitória, prestar os seguintes esclarecimentos:
O valor ofertado pelo Investidor ao Clube no total bruto de R$ 68,2 milhões, corresponde à compra dos direitos comerciais de 15% detidos pelo Clube junto à LIBRA até 2029, ficando o Clube com 85% das receitas no período;
A partir de 2030 para adesão à LFU, torna-se obrigatória a venda de 15% das receitas comerciais do Clube, com a previsão de crescimento de no mínimo 35% das referidas receitas;
Ratificamos que nenhum valor foi recebido pelo Clube até o momento, sob qualquer título, originada da referida transação.
Neste contexto o Conselho Gestor, solicitou parecer do seu Departamento Jurídico a respeito dos impactos estatutários da operação, no que resultou em detida análise e conclusão de que a proposta guarda perfeita consonância com o seu Estatuto, e, ademais, que a operação não se caracteriza, em hipótese alguma, como empréstimo”.