
Destituído do cargo de presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira (15), o baiano Ednaldo Rodrigues protagonizou diversos escândalos enquanto esteve à frente da entidade máxima do futebol brasileiro.
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Quando substituiu Rogério Caboclo, em 2021, o baiano transformou a CBF em uma instituição ainda mais fechada, trazendo para si todas as decisões. Vale ressaltar que a entidade fatura mais de R$ 1 bilhão por ano.
Confira abaixo as polêmicas do agora ex-gestor:
Caravana na Copa do Mundo do Catar
Durante a Copa do Mundo do Catar, em 2022, a CBF bancou uma caravana de 49 pessoas que não tinham relação direta com o futebol. Amigos, familiares, políticos, artistas e jornalistas embarcaram com tudo pago: voos em classe executiva, hospedagem em hotéis de luxo, ingressos para jogos e até um cartão corporativo com US$ 500 por dia para gastos livres. A família de Ednaldo viajou em primeira classe.
Polêmica envolvendo ministro do STF
Um dos contratos mais polêmicos durante mandato do baiano foi com o Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), fundado pelo ministro do STF, Gilmar Mendes, que passou a gerir os cursos da CBF Academy, quando o IDP ficou com 84% da receita. Dias depois, foi o próprio Gilmar quem concedeu liminar reconduzindo Ednaldo ao cargo.
Denúncia de assédio moral
O caso mais grave é o da arquiteta Luísa Rosa, que assumiu a diretoria de patrimônio da CBF e acabou demitida após denunciar assédio moral, esvaziamento de funções e o uso de câmeras com captação de áudio na sede da entidade. Segundo ela, as imagens eram armazenadas em uma sala com acesso exclusivo de Ednaldo. Rosa venceu a ação trabalhista, mas foi processada por difamação pelo próprio presidente. A Justiça já a absolveu.