Novo comandante do Bahia, anunciado no fim de semana e apresentado na tarde desta segunda-feira (11), na Arena Fonte Nova, Rogério Ceni atribuiu a sua mentalidade vencedora à parte motivacional. Questionado pelo Portal MASSA!, durante sua primeira entrevista coletiva no Esquadrão, o experiente comandante revelou que pode contribuir em curto prazo ao elenco tricolor.
"Eu acho que o que posso mais colaborar com eles talvez seja essa parte motivacional a curto prazo. Sou uma pessoa que respirei futebol a minha vida praticamente inteira, desde os 17 anos jogando como profissional, e para mim viver sem vencer não é possível. Não posso admitir o fato de estar em um clube deste tamanho e não conseguir vitórias, isso me incomoda muito e tenho certeza que incomoda todos os atletas. Então, vamos tentar dentro da nossa maneira de ver o jogo, construir um time que seja bem competitivo e que nesses dois confrontos [Coritiba e Santos] nós temos que trazer pontos, porque a situação começa a apertar", declarou.
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Ceni também negou os rumores de ter feito exigências momentos antes de fechar definitivamente com o Bahia. "Assinei o contrato de sexta para sábado, 1h da manhã. Não posso ter feito exigências nas últimas duas horas, depois de assinar um contrato, 30 e poucas horas antes de chegar aqui. Eu venho para ser o treinador do Bahia, para tentar desenvolver atletas que estão aqui, para tentar fazer o meu melhor com minha comissão técnica. Essa parte administrativa, o grupo que administra o clube por si só já mostra todo o seu profissionalismo e autonomia que tem para jogadores. Claro que haverá consultas sobre determinado jogador no futuro. Para esse ano, elenco já fechado, mercado fechado", revelou o técnico.
O treinador também adiantou o que pretende trabalhar neste início com o elenco do Bahia, porém, deixou claro que a ideia inicial é facilitar dentro de campo. "Ser um time mais ajustado, compacto, tentar diminuir os contra-ataques. Time de transição que tem jogadores de velocidade e perde a bola de maneira rápida não fica pronto para se defender. Evoluir os trabalhos de defesa todos os dias e torcer para a bola entrar. Futebol não é ciência exata, não se explica, a bola tem que entrar. Temos que fazer de tudo para facilitar, e jogador tem que ter tranquilidade, público apoiar até o final. Vaias são parte do jogo, mas que apoiem até o final porque é esse grupo que pode manter o Bahia na Primeira Divisão", concluiu.