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Xô Série B - 07/12/2023, 08:03 - João Grassi

Ceni indica permanência para 2024 e revela que rezou no gramado

Técnico do Bahia deu entrevista após o Tricolor garantir a permanência na Série A

Rogério Ceni durante a coletiva
Rogério Ceni durante a coletiva |  Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Bahia voltou a desafiar a lógica e atropelou o Atlético-MG na noite de quarta-feira (6), se livrando da zona de rebaixamento na última rodada. Mesmo vindo de duas derrotas contra São Paulo e América-MG, o Esquadrão conseguiu fugir da Série B quando nem sequer dependia mais apenas de si, um cenário que parecia improvável.

Na entrevista coletiva após o apito final, Rogério Ceni comentou sobre os dias que antecederam a partida, quando chegou a se sentir abalado devido a sequência de resultados. No entanto, o técnico explicou que recebeu grande suporte e apoio de Ferran Sorano, CEO do Grupo City, que conversou com ele através de uma ligação. Ceni então explicou que deve permanecer no Tricolor para o ano que vem, que era um desejo de Soriano.

"Foi uma ajuda mútua dos jogadores. Na segunda-feira eles falaram comigo: “Precisamos de você”. Na terça-feira eu fiz o movimento trocado. Ontem [terça-feira], o Ferran me ligou, ele me perguntou como eu estava, falei que estava triste e chateado. Ele falou que a tristeza tem que durar 24h, e disse que, independente de onde a gente acabe, que ele queria que eu continuasse o projeto, na Série A ou B. Isso faz diferença. É muito importante ter o suporte e apoio das pessoas. O Bahia é um clube de massa, esse é o principal ponto para você escrever uma história. Que o Bahia continue crescendo mais, chegando na Sul-Americana, na Libertadores. Não sei até quando vamos ficar aqui, mas quero dizer que fiz parte da construção de um clube que já era gigante, bicampeão brasileiro. Não esqueço tudo de ruim e errado que aconteceu, é importante ser lembrado isso para diminuir o número de erros para o próximo ano", comentou o técnico.

De volta ao esquema de três zagueiros contra o Galo, Rogério explicou que montava os times do Bahia baseados no tempo de trabalho que teve como o elenco. O técnico voltou a mencionar sobre estar à frente do Esquadrão na temporada seguinte, dizendo que terá mais tempo para treinar o time e implementar seu sistema tático preferido.

"Tem muito cantor de sertanejo que adora rock, mas ele canta sertanejo porque é o que vende. Então tem o que eu gosto e o que é necessário. Tenho que viver pelo que é necessário. Ano que vem vamos ter um pouco mais de tempo, aí vamos tentar construir coisas diferentes. Falei que ia simplificar. Eu adoro, joguei nessa posição, gosto de construir com passes curtos, mas é preciso estar com confiança para isso. Vamos ter tempo para fazer uma pré-temporada, gastar um ou dois jogos do Baiano com um time sub-20 se for necessário. O único objetivo é focar no Brasileiro do ano que vem. A Copa do Brasil é legal, traz emoção, valor financeiro, mas só um ganha. No Brasileiro você tem um campeão, times na Libertadores, times felizes pela pré-Libertadores, e uma competição internacional muito legal que a Sul-Americana, que esse não conseguimos. Na próxima temporada vamos buscar essa vaga. Nos próximos dias vamos conversar sobre planejamento para tentar não cometer os mesmos erros e ter um time competitivo, com jogadores mais pontuais", avaliou Ceni.

O treinador ainda falou sobre os momentos de tensão na reta final da rodada, quando todos precisaram ficar atentos ao jogo do Santos, que perdeu para o Fortaleza e o resultado favoreceu o Bahia, que ganhou caminho aberto para deixar a zona de rebaixamento. Nestes momentos, ele foi visto rezando ajoelhado no gramado.

"Sim [estava rezando]. Eu perguntei quanto que estava o jogo, e o Charles fez “2 a 1” para mim. Eu já sabia do Vasco, pensei que fosse o outro. Aí ele falou que era o Vasco. Fiquei pensando apenas no Santos. Até que me falaram do segundo gol do Fortaleza. Foram os momentos mais difíceis. Os cinco minutos mais longos do Campeonato", finalizou Ceni.

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