Preso pelo crime de injúria racial ao chamar uma jogadora do Bahia de macaca, em partida válida pela semifinal da Série A2 do Campeonato Brasileiro feminino, na última semana, o técnico Hugo Duarte, do JC-AM, revelou detalhes acerca da sua detenção em Salvador.
A confusão ocorreu no final do jogo que confirmou o acesso das Mulheres de Aço à elite do futebol feminino. Na ocasião, o treinador português foi conduzido por uma equipe do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (BEPE) e posteriormente foi detido na Central de Flagrantes, na região da Avenida ACM.
Duarte concedeu entrevista jornal Record, de Portugal e falou das condições em que ficou custodiado, afirmando temer pela própria vida. O profissional negou a acusação e reclamou da falta de apoio do Consulado e Embaixada portuguesas no Brasil. "Estava dentro de uma cela imunda, nojenta, com um cheiro horrível", disparou o gringo.
Após três dias preso, Hugo Conceição teve a liberdade provisória concedida pela justiça durante audiência de custódia. Foram estabelecidas algumas medidas cautelares, como o comparecimento aos atos processuais e manter seu endereço atualizado, comparecimento bimestral em Juízo por um ano, devendo ser expedida Carta Precatória para o juízo criminal competente da Comarca de Manaus/AM para que lá seja cumprida a presente medida cautelar.
Também foi determinado de que Hugo Duarte não se aproxime por menos de 200 metros da vítima ou seus familiares, e fiança no valor de 30 (trinta) salários mínimos, de modo a vinculá-lo a futura ação penal.