Um acordo de cooperação entre o Ministério do Esporte com o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foi assinado nesta quarta-feira (20). Chamado de "Projeto Estádio Seguro", ele visa aumentar a segurança nos estádios de futebol no Brasil através do monitoramento e compartilhamento de informações dos torcedores.
A operação pretende tomar a iniciativa ainda neste ano de 2023, durante a primeira e segunda divisão do Brasileirão. No estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, já está sendo feito um teste com catracas inteligentes. Essas catracas podem reconhecer se algum torcedor tem problemas legais, como mandados de prisão em aberto. Se isso acontecer, a catraca para e não deixa o torcedor entrar no estádio.
Dentre os critérios, estão:
- Os ingressos terão o nome da pessoa, ou seja, serão ligados ao seu CPF, até mesmo aqueles que são dados de graça pelos times;
- Vai ser preciso tirar uma foto do rosto da pessoa que compra ou recebe o ingresso;
- Todas as informações sobre esses torcedores e os ingressos vão ser enviadas para o Ministério da Justiça, incluindo a foto e o CPF da pessoa que comprou, além de detalhes sobre o portão e a catraca usados para entrar. O número de celular de cada torcedor também será informado;
- Os estádios vão ter catracas espertas que vão checar se o CPF registrado nos ingressos está válido;
- Ações serão criadas para lutar contra o racismo e a homofobia durante os jogos;
- Criação de uma lista nacional de torcedores que não podem entrar nos estádios.
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Apesar de serem convidados para participar do lançamento do projeto, os clubes e as 27 federações dos estados de futebol não tem a obrigação de se integrar. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino comentou um pouco sobre as novas implementações.
"Esse instrumento de hoje pode ser utilizado por outras modalidades esportivas. O acordo está aberto para todo o mundo do esporte. Permite o diálogo de sistemas em que ingressos com CPF vão permitir a consulta da base de dados da Segurança Pública em que nós tempos, por exemplo, mandados de prisão em aberto. Alguns testes mostraram a eficácia. Vai ser possível também dar efetividade às sanções de afastamento do estádio. Nós teremos uma base nacional quase em tempo real", anunciou.
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