
Se tem alguém nos estádios que não costuma receber elogios carinhosos, são as mães dos árbitros. Na última semana, a situação ficou ainda mais sinistra com sucessivas decisões que não foram muito convincentes para nenhum dos dois lados da dupla Ba-Vi, deixando todo mundo 'injuriado'.
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Polêmica com os juízes sempre existiram e nas últimas rodadas o assunto no mundo da bola tem sido a galera que apita. Ainda na quarta-feira (1º), o jogo entre Bahia e Botafogo foi para lá de polêmico. Aos 14 do segundo tempo, o árbitro Felipe Fernandes de Lima deu o segundo cartão amarelo a Sanabria por simulação, logo depois do Esquadrão ter diminuído o placar para 2 a 1.
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No lado rubro-negro, neste domingo (5), o 'bo' foi parecido, mas o motivo não foi a simulação. Já com amarelo, por ter colocado o dedo no rosto do árbitro Fernando Antonio Mendes, que apitou a primeira partida na Série A, Lucas Halter recebeu a segunda punição e foi expulso por empurrar um adversário, enquanto o Vitória se preparava para bola parada.
O lance da expulsão de Lucas Halter, do Vitória, no jogo contra o Vasco. O zagueiro recebeu o segundo vermelho por empurrar Paulo Henrique antes de uma cobrança de falta.
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Galera ficou 'P' da vida
Depois do jogo contra o Fogão, Rogério Ceni, técnico do Esquadrão, não escondeu que ficou chateado com a decisão de expulsar o atacante tricolor. "Sobre o Sanabria, você pode não achar que foi pênalti, mas há um toque e por isso não deveria haver o cartão por simulação. Mas isso da arbitragem a gente já sabe como funciona, a gente sabe o padrão que é. Acho que o Sanabria não deveria ter sido expulso", declarou.
O presidente do Vitória, Fábio Mota, ficou virado com a expulsão de Halter. Em seu desabafo, criticou a escolha de um árbitro inexperiente e ameaçou fazer uma representação na CBF (Confederação Brasileira de Futebol).
“É muita falta de responsabilidade colocar um árbitro que nunca apitou uma partida de Série A num jogo onde está em jogo a vida do Vitória e a vida do Vasco. Precisávamos de alguém experiente, acostumado com esse tipo de pressão e estádio cheio”, iniciou.
“Vamos representar contra a arbitragem. Se amanhã a gente cair para a Série B por esse ponto perdido hoje, vai ficar por isso mesmo o prejuízo com o Vitória?”, acrescentou, afirmando que não deixará o episódio passar em branco.
Não é a primeira vez
Rogério Ceni já ficou pistola com a arbitragem em outras ocasiões, como a derrota para o Vasco e para o Grêmio, ambas no Brasileirão. Contra a equipe carioca, o professor tricolor questionou a falta de critério, já que o VAR chamou para expulsar Jean Lucas, mas não fez o mesmo com um jogador dos donos da casa, de acordo com as palavras ditas por ele na entrevista coletiva depois do duelo.
Contra o Grêmio, a coisa foi ainda mais sinistra. Bruno Arleu de Araújo, na ocasião, marcou um pênalti super questionável e Ceni não poupou as palavras.
“O erro da arbitragem foi determinante, mas nós poderíamos ainda conseguir coisas melhores dentro da partida. Precisamos ter mais ambição em fazer gol e finalizar. A gente não pode esconder também nossas deficiências, até chegar ao erro do árbitro. O erro do árbitro foi dar o pênalti. Depois que ele vai ao VAR, já não é mais isso, aí já é uma outra coisa que eu não sei dizer o que é, mas deixa de ser um erro. Quando ele vê a imagem, volta e marca o pênalti, parece outra coisa”, definiu o treinador.
Assunto do fim de semana
O protagonista da rodada do fim de semana foi a arbitragem. Ainda no sábado (4), o jogo entre RB Bragantino e Grêmio, que estava 0 a 0 até o finalzinho, teve uma recomendação do VAR para a marcação de um pênalti por um toque de mão do lateral-esquerdo do Imortal, Marlon. No entanto, a decisão gerou uma declaração contundente do jogador.
"O Grêmio Futebol Porto-Alegrense está sendo categoricamente roubado desde que começou o campeonato. A gente vive numa liga onde você quer melhorar o calendário, mas a gente não tem nem profissionalização dos árbitros. A gente vem de anos e anos e anos de corrupção numa federação onde você não consegue legalizar as coisas né, e isso tem muita influência direta no futebol. Quem sabe agora o presidente que assuma agora consiga profissionalizar e melhorar os árbitros", declarou completamente indignado.
Além disso, o clássico Choque-Rei, entre São Paulo e Palmeiras, também entrou no balaio de reclamações. O árbitro Ramon Abatti Abel deixou de marcar um pênalti que foi unânime entre comentaristas. Além disso, possíveis expulsões também foram debatidas.
Remuneração dos árbitros
Em meio às recentes polêmicas, a discussão da profissionalização da arbitragem tem voltado à tona do debate esportivo. Atualmente, os juízes são pagos por jogo.
Remuneração:
Árbitro da Fifa na Série A: R$ 7.280,00;
Árbitro CBF: R$ 5.250,00;
Assistentes e árbitro de vídeo: R$ 4.370,00 (Fifa) - R$ 3.150,00 (CBF).