Apresentado oficialmente na tarde desta quarta-feira (5), no Rio de Janeiro, o técnico Fernando Diniz, de 49 anos, foi o nome escolhido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para ser o treinador interino do Brasil até a chegada de Carlo Ancelotti em 2024.
O treinador, que terá a dura missão de conciliar o trabalho entre o Fluminense e a Seleção nas Datas Fifa, foi questionado sobre um dilema ético entre comandar as duas equipes. "Vou ter que fazer uma convocação e tomar as decisões. E a ética que tenho que vai pautar minhas decisões. E as pessoas vão avaliar conforme o juízo de cada um. Eu que tenho que pensar o que devo pensar e deliberar sobre minhas decisões. Estou extremamente tranquilo, e nesse ponto a CBF apontou a pessoa certa", disse.
"A ética tem a ver com a pessoa que vai tomar as decisões. Se as pessoas presumem que vai ter conflito de interesse, vai dizer que não tenho ética. Se eu tomasse minhas decisões com base naquilo que pensam, não faria nada no futebol. Porque minha carreira é muito mais recheada de críticas do que de elogios por causa da minha maneira de enxergar o mundo", completou o novo comandante da Amarelinha.
Sobre o 'assunto Ancelotti', Diniz desconversou, passando a responsa para a organização, e mudou a conversa para falar sobre o seu momento. "Ancelotti é questão do presidente, vou falar sobre meu estilo. Vou reproduzir o que me trouxe aqui, o que muda é a fartura de jogadores, a melhor matéria-prima do mundo para tentar executar as ideias que eu tenho", afirmou.
O contrato do técnico do Flu com a CBF é de apenas 12 meses, pois se espera que Ancelotti assuma o comando da Amarelinha a partir da Copa América de 2024, pelo menos foi o que afirmou o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues. "Meu contrato é de um ano. Penso em fazer o melhor possível. Não decidimos se engloba Copa América. O planejamento de Carlo Ancelotti é da CBF, meu compromisso é fazer o melhor que eu puder fazer", contou o treinador.
Porém, apesar do curto tempo de contrato, Diniz se mostrou muito animado com a oportunidade que recebeu. "É uma mistura de alegria e honra poder estar aqui. Ser escolhido, ter sido convocado para essa missão de treinar a seleção brasileira. Um sonho que se realiza. Pretendo, como fiz em todos os lugares, dedicar a vida a servir o futebol na seleção brasileira", expressou.