
O pagode baiano é um ritmo polêmico desde o seu surgimento. Antes mesmo das letras ‘proibidonas’ e da criação do naipe, o gênero musical já dividia opiniões e era considerado ruim por muita gente. Para o cantor Saulo Fernandes, essa visão negativa é causada, principalmente, pelo preconceito das pessoas.
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Histórico! Saulo Fernandes balança a Concha com show de pagodão baiano
Empenhado em perpetuar o legado do pagodão, Saulo Fernandes se juntou a artistas que fizeram e fazem história nesse gênero para a gravação do álbum ‘Quem Me Ensinou’, lançado no fim de 2024. Na última sexta-feira (31), o artista fez um show especial na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador, ao lado de Edcity, Alex Xella, Aila Menezes, Bambam e Nenel.
O anfitrião do projeto fez questão de dizer que o preconceito atrapalha o acesso dos artistas populares a locais mais tradicionais, como a própria Concha, e defendeu que o ritmo deveria ter mais reconhecimento.
“Eu acho que tem [preconceito]. Por exemplo, eu experimentei de uma coisa muito interessante: boa parte dessa banda que tocou aqui nunca tinha tocado na Concha Acústica. Acho que isso tem um significado muito profundo, e esse palco é o lugar dessa galera”, disse ele ao MASSA!

O Pagodão é uma manifestação popular gigantesca, que envolve muita gente, muitos artistas maravilhosos
Saulo Fernandes
Por fim, Saulo Fernandes declarou que uma maneira de diminuir o preconceito contra o pagode baiano é fazer o público que não acompanha esses artistas conhecer a riqueza artística e rítmica deste segmento. Eventos e parcerias parecidas com os que ele está fazendo são uma ferramenta para isso.
“De repente, um dia como esse, a gente pode ter esperança que esse preconceito pare, seja pouco. A gente viu a riqueza desses caras, a riqueza dessas canções, sabe? E, sobretudo, a riqueza rítmica que o pagode tem. Eu amo!”, finalizou.