O padre que viralizou após ofender a religião da cantora Preta Gil, dias depois de sua morte, recebeu uma notificação extrajudicial, nesta quinta-feira (14), por conta de seus comentários pejorativos. A ação está sendo movida por Gilberto Gil e sua esposa.
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Danilo César de Sousa Bezerra está sendo acusado de intolerância religiosa pela família Gil, que exige uma retratação pública por parte do padre e a aplicação de medidas disciplinares contra ele, com a justificativa de que o padre desqualificou religiões de matriz africana durante uma missa, utilizando expressões como "forças ocultas" para se referir aos orixás e desejou que "o diabo levasse" os adeptos ao Candomblé.
Na notificação, a família ainda cita outros pontos da fala do padre: “Debochou da fé que atribui à cantora Preta Gil e ao seu pai, Gilberto Gil, ao ironizar a ausência de intervenção dos orixás numa supostamente desejada ressurreição da artista; ao fazê-lo, associou diretamente sua espiritualidade ao sofrimento, com tom e postura inapropriados”.
Após a transmissão ao vivo da ação preconceituosa e da repercussão que sua atitude tomou, o padre Danilo não se manifestou publicamente sobre o caso.
Relembre o caso
O padre Danilo César foi acusado de intolerância religiosa após fazer um discurso polêmico sobre a fé da família de Gilberto Gil durante uma missa no dia 27 de julho. O sacerdote da Paróquia São José, em Areial, na Paraíba, questionou o poder dos orixás por não terem ressuscitado a cantora Preta Gil, que faleceu no dia 20 de julho, após uma longa batalha contra o câncer colorretal.
“Como é o nome do pai de Preta Gil? Gilberto? Gilberto Gil fez uma oração aos orixás, cadê o poder desses orixás que não ressuscitou Preta Gil? Já enterraram? Pois é! E tem gente católica que pede essas coisas ocultas. Eu só queria que o diabo viesse e levasse! Quando acordar com calor no inferno, você não sabe o que vai fazer.”
A declaração pegou mal e gerou revolta na população local e em pessoas de todo o Brasil.
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