Um dos herdeiros da rede de varejo Marabraz, o milionário Abdul Fares, noivo da atriz Marina Ruy Barbosa, está sendo denunciado por tentar interditar o pai usando documentos médicos falsos. De acordo com a Folha de S. Paulo, o ricaço pediu a curatela de Jamel Fares, de 64 anos, um dos sócios-fundadores da empresa familiar.
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Curiosamente, mesmo com os envolvidos no caso morando em condomínios de luxo no Alphaville de Barueri, localizados a cerca de 40 minutos da capital de São Paulo, o pedido de interdição foi solicitado na comarca de Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Ainda de acordo com a Folha, o noivo de Marina Ruy Barbosa alegou que o pai apresenta vários problemas de saúde, como cardiopatia grave, dependência química de medicamentos controlados, depressão profunda e um quadro de agressividade. Supostos relatórios psiquiátricos e neurológicos foram incluídos na ação para justificar o pedido de curatela.
O processo corre em segredo de Justiça, mas acabou sendo descoberto pelos assessores jurídicos do grupo Fares por acaso, pois eles fazem buscas de rotina para proteger os bens dos empresários.
A casa caiu
Assim que soube da atitude do filho, Jamel Fares pediu ao escritório de advocacia para rever a ação, assim como apurar o que teria ocorrido no foro em Simões Filho. Ele abriu uma petição no dia 5 de dezembro para acusar Adbul de falsidade ideológica e o chamou de "ingrato e parasita".
Além disso, o noivo da atriz também foi acusado de passar a mão na grana da empresa, inclusive para gastar com ela: "Nos últimos dois anos e meio, Abdul torrou em despesas pessoais pelo menos R$ 22,5 milhões com recursos que pertencem às empresas da família, em viagens de jatinho, aquisição de helicópteros, compra de diamantes no valor de milhões de reais para presentear sua noiva, entre outras indulgências".
À Justiça, Abdul teria dito que residia em uma casa simples, alugada por R$ 2.500 no Condomínio Vivaz II, próximo ao polo industrial da cidade baiana. Também foi falado que o pai dele teria "endereço profissional" na mesma casa. A defesa do patriarca da família nega.
Em uma petição endereçada ao juiz da 2ª Vara dos Feitos de Consumo, Cíveis, Comerciais e Acidentes do Trabalho do Foro da Comarca de Simões Filho, a defesa do empresário lamentou a situação: "É sem precedentes um filho ajuizar contra um pai ação de interdição na comarca de uma na cidade em que nenhum dos dois nunca pisou os pés”.
Diante da situação, o Ministério Público (MP) pediu a suspensão da apreciação do pedido de cautela provisória, pelo menos até que as questões levantadas sobre o domicílio em Simões Filho sejam explicadas. É possível que haja uma transferência da ação para a comarca de Barueri.
Se for comprovado que o noivo de Marina Ruy Barbosa cometeu falsidade ideológica para tentar manipular a jurisdição do processo e fez o uso de documentos falsos, Abdul pode passar de 1 a 5 anos no xilindró, além de pagar multa.