Mais conhecido como Gângster do Arrocha, Jonathan Eskine é o responsável pelo hit 'Resenha do Arrocha', que grudou na cabeça dos brasileiros nas últimas semanas. Baiano, nascido e criado no bairro do Uruguai, na Cidade Baixa, em Salvador, o cantor busca se consolidar no arrocha de uma forma ‘diferenciada’.
A mistura de referências, que vão desde temas como Jogo do Tigrinho, até letras de pagodão, conquistou o público. Da Cidade Baixa para o mundo, nesta quarta-feira (18), o hit já é viral não apenas no Brasil, mas também em Portugal, onde alcançou o 14º lugar entre as músicas mais ouvidas na plataforma Spotify.
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“Vou lançar um pronunciamento aqui antes, que na Bahia o que bate é maluquice”, diz J. Eskine nos primeiros toques de 'Resenha do Arrocha'. Para Jonathan, trazer referências mais bem-humoradas para o arrocha, gênero conhecido pela sofrência, foi a chave para o sucesso do hit.
“Eu sempre gostei de cantar com melodia. Eu gosto de falar de amor mesmo, mas eu sei que na Bahia a galera gosta de coisas mais ‘alegres’, não só na musicalidade, mas que também traga o humor”, revelou o cantor.
Acompanhado de raízes em gêneros como rap, trap e MPB, Jonathan explica que a ideia de misturar o putetê com o ritmo da seresta começou com o 'Putaria Acústica', projeto do artista com o cantor Shook.
“A gente pegava as músicas de pagode e botava no violão melodicamente. Toda vez que a gente lançava um vídeo desses, dava muito mais alcance do que qualquer outra coisa de trap e rap”, explicou Eskine.
Em 'Resenha do Arrocha', J. Eskine relembra clássicos do pagodão como 'batedeira invertida' e 'joga pro coroa'. A música ainda reúne letras de hits de cantores como Deene O Ator, Oh Playba e Preto do Baile. A junção ousada fez com que, de primeira, o Gângster chamasse a atenção do público.
Com o estouro da música, polêmicas surgiram em relação aos direitos autorais das partes envolvidas na composição. Em esclarecimento ao Portal MASSA!, Alef Donk, produtor de Jonathan Eskine, afirmou que a situação entre os autores está resolvida.
“Todos os direitos estão reservados e direcionados aos seus devidos autores sem nenhum tipo de problema”, destacou Donk.
Planos para o futuro
Se depender de J. Eskine, o sucesso do 'naipe com arrocha' não será passageiro. O baiano afirma que deseja se consolidar no arrocha de maneira ‘diferenciada’ para furar a bolha e expandir o gênero.
Na última sexta-feira (13), o cantor lançou seu primeiro EP, 'Gângster Também Ama', que conta com 4 faixas no embalo do arrocha.
“A gente conseguiu furar a bolha do pagode, levando a letra para outros lugares, e a bolha do arrocha também, que ficou viral no Brasil todo. Até em lugares que ninguém escuta nem pagode, nem arrocha, tipo Portugal”, celebrou Jonathan.
“Todo mundo diz que a gente criou uma nova vertente, um ‘Arrocha Proibidão’, que agora todo mundo que fizer vai saber que quem fez primeiro foi o J. Eskine”, completou.
Para além do arrocha, Jonathan destaca que vai manter suas raízes em gêneros alternativos, como no rap, uma forma de manter a sua originalidade nas produções. “Eu vou seguir nessa pegada, ainda mais agora, já que é o que a galera espera e eu preciso me consolidar. Depois eu penso em fazer outras coisas”, revelou o cantor.
Fora a resenha, Eskine também fala de amor, tem composição, musicalidade, não é só a resenha. O trabalho é se consolidar
J. Eskine
Sobre os próximos passos, Jonathan promete parcerias não apenas dentro do arrocha, como também para além do gênero. “Eu vou deixar no ar as pessoas, mas tem e já está encaminhado. No arrocha e em outras vertentes”, garantiu.
*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos