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Pegada diferente - 19/12/2024, 12:00 - Giovanna Araújo*

Naipe com Arrocha? J. Eskine lança moda e promete revolucionar o gênero no Brasil

Cantor revela planos para o futuro no ritmo

J. Eskine é o dono do hit 'Resenha do Arrocha'
J. Eskine é o dono do hit 'Resenha do Arrocha' |  Foto: Raphael Muller/Ag. A TARDE

Mais conhecido como Gângster do Arrocha, Jonathan Eskine é o responsável pelo hit 'Resenha do Arrocha', que grudou na cabeça dos brasileiros nas últimas semanas. Baiano, nascido e criado no bairro do Uruguai, na Cidade Baixa, em Salvador, o cantor busca se consolidar no arrocha de uma forma ‘diferenciada’.

A mistura de referências, que vão desde temas como Jogo do Tigrinho, até letras de pagodão, conquistou o público. Da Cidade Baixa para o mundo, nesta quarta-feira (18), o hit já é viral não apenas no Brasil, mas também em Portugal, onde alcançou o 14º lugar entre as músicas mais ouvidas na plataforma Spotify.

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“Vou lançar um pronunciamento aqui antes, que na Bahia o que bate é maluquice”, diz J. Eskine nos primeiros toques de 'Resenha do Arrocha'. Para Jonathan, trazer referências mais bem-humoradas para o arrocha, gênero conhecido pela sofrência, foi a chave para o sucesso do hit.

“Eu sempre gostei de cantar com melodia. Eu gosto de falar de amor mesmo, mas eu sei que na Bahia a galera gosta de coisas mais ‘alegres’, não só na musicalidade, mas que também traga o humor”, revelou o cantor.

Acompanhado de raízes em gêneros como rap, trap e MPB, Jonathan explica que a ideia de misturar o putetê com o ritmo da seresta começou com o 'Putaria Acústica', projeto do artista com o cantor Shook.

“A gente pegava as músicas de pagode e botava no violão melodicamente. Toda vez que a gente lançava um vídeo desses, dava muito mais alcance do que qualquer outra coisa de trap e rap”, explicou Eskine.

Em 'Resenha do Arrocha', J. Eskine relembra clássicos do pagodão como 'batedeira invertida' e 'joga pro coroa'. A música ainda reúne letras de hits de cantores como Deene O Ator, Oh Playba e Preto do Baile. A junção ousada fez com que, de primeira, o Gângster chamasse a atenção do público.

Com o estouro da música, polêmicas surgiram em relação aos direitos autorais das partes envolvidas na composição. Em esclarecimento ao Portal MASSA!, Alef Donk, produtor de Jonathan Eskine, afirmou que a situação entre os autores está resolvida.

“Todos os direitos estão reservados e direcionados aos seus devidos autores sem nenhum tipo de problema”, destacou Donk.

Planos para o futuro

Se depender de J. Eskine, o sucesso do 'naipe com arrocha' não será passageiro. O baiano afirma que deseja se consolidar no arrocha de maneira ‘diferenciada’ para furar a bolha e expandir o gênero.

Na última sexta-feira (13), o cantor lançou seu primeiro EP, 'Gângster Também Ama', que conta com 4 faixas no embalo do arrocha.

“A gente conseguiu furar a bolha do pagode, levando a letra para outros lugares, e a bolha do arrocha também, que ficou viral no Brasil todo. Até em lugares que ninguém escuta nem pagode, nem arrocha, tipo Portugal”, celebrou Jonathan.

Imagem ilustrativa da imagem Naipe com Arrocha? J. Eskine lança moda e promete revolucionar o gênero no Brasil
Foto: Raphael Muller/Ag. A TARDE

“Todo mundo diz que a gente criou uma nova vertente, um ‘Arrocha Proibidão’, que agora todo mundo que fizer vai saber que quem fez primeiro foi o J. Eskine”, completou.

Para além do arrocha, Jonathan destaca que vai manter suas raízes em gêneros alternativos, como no rap, uma forma de manter a sua originalidade nas produções. “Eu vou seguir nessa pegada, ainda mais agora, já que é o que a galera espera e eu preciso me consolidar. Depois eu penso em fazer outras coisas”, revelou o cantor.

Aspas

Fora a resenha, Eskine também fala de amor, tem composição, musicalidade, não é só a resenha. O trabalho é se consolidar

J. Eskine

Sobre os próximos passos, Jonathan promete parcerias não apenas dentro do arrocha, como também para além do gênero. “Eu vou deixar no ar as pessoas, mas tem e já está encaminhado. No arrocha e em outras vertentes”, garantiu.

*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos

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