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Lançamento - 25/10/2024, 07:00 - Artur Soares*

Lab Território reúne talentos da música baiana em EP cheio de ritmos

Coletânea 'Novas Vozes na Bahia' juntou diversos artistas do estado

Artistas do projeto Lab Território
Artistas do projeto Lab Território |  Foto: Maiana Oliveira / Divulgação

O Lab Território, projeto que discute e fomenta cultura na Bahia, acaba de lançar uma coletânea musical imperdível. O EP 'Novas Vozes na Bahia' é composto por seis faixas e cada uma delas é produzida por um músico diferente. Dani d’ Bela, Quilombola Og, Iná Tupinambá, Nayri, Victor e Viik Amazi foram os artistas que participaram dessa edição. No início do mês, grupo apresentou suas músicas autorais em um show no Teatro Eliete Teles, em Lauro de Freitas.

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O álbum reúne diferentes estilos musicais, como rap, samba, afrobeat, dentre outros. Durante o processo de produção, os cantores passaram por um processo de formação laboral, intercâmbio e residência artística. “Foram meses de elaboração, onde fomos aos poucos desenhando ações que proporcionassem aos artistas experiência em diversas áreas de atuação”, contou Cândido, coordenador pedagógico do Lab Território.

Ele conta que a vivência no projeto foi a realização de um sonho. “Foi mais que um presente poder proporcionar a novos artistas aquilo que não encontrei lá atrás quando comecei”, comentou. Apesar da experiência ter sido recompensadora, Cândido admite que não foi uma tarefa simples. “Não foi fácil estar nesse papel de coordenação pedagógica, elaborar atividades e pensar cada detalhe para que tudo faça sentido pra quem tá chegando”, pontuou.

“Foi uma experiência incrível porque a residência abre esse leque de várias possibilidades. Quando eu conheço um artista diferente de mim eu aprendo características e ritmos”, afirmou Dani d’ Bela, uma das artistas que produziram o álbum. Dani produziu a música 'Nego Bom', uma produção que mistura influências do mpb, axé music e afrobeat.

Ela admite que não conhecia os outros participantes do projeto, o que acabou tornando a experiência ainda mais surpreendente. “Foi uma surpresa estar com pessoas de diferentes raças, estilos musicais e histórias”, pontuou.

Tiago Almir, mais conhecido como Quilombola Og, também participou da coletânea e aponta que nem tudo foi um mar de rosas nesse processo. “A parte mais complicada para mim foi superar o nervosismo para o show que estava chegando”, assumiu. Apesar do receio inicial, ele explica que a experiência foi muito recompensadora. “Acredito que a música se torna essa casa onde todos se encontram com a mesma energia”

A importância desse tipo de projeto

Quem participou do projeto ressalta a importância que ele teve para a carreira dos artistas que ainda estão começando na música.

“Eu aprendi muito com essa residência que o Lab proporcionou, porque a gente aprende como empreender na música e levar para um lado mais comercial”, contou Dani.

Para ela, o projeto foi uma oportunidade única para aqueles que não tem um grande financiamento para suas carreiras. “Contribui para o direcionamento de artistas independentes que não tem condições de ter aulas e formações, além de impulsionar a carreira do artista com a produção musical”, completou.

Cândido ressalta que esse olhar mais sensível para a galera que está começando é algo essencial para incentivar a produção musical na Bahia.

“A música da Bahia é a mais plural do mundo, mas se não houver espaços comprometidos a dar voz a pessoas que estão começando do zero, apenas alguns chegarão à plenitude de suas carreiras”, defendeu.

*Sob a supervisão do editor Jefferson Domingos

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