Gestos com os dedos, roupas, números e até mesmo cortes de cabelo. Elementos que antes eram considerados normais, mas com o tempo, a criminalidade os associou ao contexto das facções criminosas, deixando a sociedade 'cismada' sobre o que não pode fazer. Diante disso, o cantor baiano Igor Kannário se posicionou contra os 'sinais proibidos' e defendeu o povão.
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Em entrevista publicada na quinta-feira (30) no podcast ‘GroovaDinho de Verão’, apresentado por Dinho Júnior e produzido pela Macaco Gordo, produtora de audiovisual baiana, o 'Príncipe do Gueto' largou que as manifestações associadas ao tráfico não podem restringir as pessoas de viverem com liberdade.
Não pode tirar o direito de ir e vir dos moradores
Igor Kannário
"Eu sou do tempo da Hang Lose, do Fido Dido, Bad Boy, Quicksilver. Sou do tempo que a gente passava e fazia até 'paz e amor rasta!'. Tudo isso sempre foi arte e não aborda essa manifestação que o tráfico faz. O que não pode é tirar o direito de ir e vir dos moradores de respeito", disse o artista.
Veja:
As críticas feitas por Kannário às expressões associadas a bandidagem acontecem após episódios de mortes relacionadas ao assunto. Recentemente, um jovem identificado como Ian Lucas Barbosa de Jesus foi sequestrado e brutalmente morto por criminosos do Bonde do Maluco (BDM), após publicar um vídeo fazendo um gesto que remete a facção criminosa Comando Vermelho (CV).
"Dois era divisão mano. Três é trindade. Um é 'um por todos e todos por um'. Eu sou desse tempo e é só isso que eu tenho pra falar", finalizou.