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Eita! - 08/07/2025, 11:15 - Amanda Souza

Justiça do Rio mantém denúncia contra Marcius Melhem e marca audiência

Juíza considera que há indícios suficientes para manter processo por assédio sexual

Marcius Melhem é acusado de assédio sexual
Marcius Melhem é acusado de assédio sexual |  Foto: Divulgação / TV Globo

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu dar continuidade ao processo criminal contra o ex-diretor de humor da TV Globo, Marcius Melhem, acusado de assédio sexual por três mulheres.

A juíza Juliana Benevides de Barros Araújo, da 20ª Vara Criminal, rejeitou o pedido do Ministério Público para arquivar a denúncia e agendou as audiências do caso para a primeira semana de agosto.

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Melhem é acusado por duas atrizes e uma editora de imagem de ter cometido assédio enquanto exercia função de chefia na emissora. Segundo a denúncia, ele teria se aproveitado da posição hierárquica para se aproximar das vítimas com o objetivo de obter vantagens sexuais, utilizando uma postura ambígua de "chefe protetor e amigo", mesclada a piadas de cunho sexual e investidas.

As mulheres afirmam que se sentiam constrangidas e que muitas vezes respondiam de maneira jocosa às investidas para evitar retaliações no ambiente de trabalho. A denúncia inclui, entre outras evidências, prints de conversas por aplicativos de mensagens. Em um dos trechos, Melhem teria escrito: "Pagarei essa entrega com noites selvagens de sexo", ao que uma das mulheres respondeu: “Cobrarei!”, seguido por um emoji de gargalhada.

Decisão judicial

A decisão judicial de manter o caso em andamento foi publicada no dia 25 de junho. A juíza afirmou que "há justa causa suficiente para o prosseguimento da ação", com base nos indícios apresentados até o momento. As oitivas da acusação e da defesa serão realizadas em dias distintos, sem acareação.

O processo havia recebido um pedido de arquivamento do promotor Luís Augusto Soares de Andrade, no final de maio, sob a alegação de "inexistência de justa causa". No relatório, o promotor argumentou que a denúncia apresentava trechos genéricos e mensagens que, em sua avaliação, não configurariam assédio, já que foram respondidas com "risos" e "figuras de coração".

O caso, que segue sob segredo de Justiça, foi iniciado em agosto de 2023, com a denúncia formalizada pelo próprio Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. As três mulheres atuam como assistentes de acusação no processo.

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