
Um dos alvos da operação que frustrou o atentado ao show da cantora Lady Gaga, neste sábado (3), também planejava cometer um crime ainda mais brutal: o assassinato de uma criança ao vivo pelas redes sociais. A informação foi revelada pelo portal Metrópoles com base em fontes da investigação.
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O suspeito foi identificado durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em Macaé, no interior do Rio de Janeiro, como parte da Operação Fake Monster, conduzida pela Polícia Civil do RJ em parceria com o Ministério da Justiça. Ele fazia parte de um grupo extremista que agia em fóruns e plataformas digitais, promovendo discursos de ódio e incitando a violência contra crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+.
🚨 A Polícia Civil do Rio de Janeiro IMPEDIU um ataque terrorista durante o show da cantora Lady Gaga.
— POPTime (@siteptbr) May 4, 2025
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Segundo a investigação, o homem não apenas participou dos planos de atentado ao evento na Praia de Copacabana — que reuniu mais de 2 milhões de pessoas — como também fazia postagens ameaçando executar uma criança durante uma live.
A polícia encontrou indícios de uma rede estruturada para disseminar violência, estimular automutilação, compartilhar pornografia infantil e planejar atentados com armas caseiras e coquetéis molotov. O grupo tratava os crimes como “desafios coletivos”, com o objetivo de obter notoriedade nas redes sociais. Os conteúdos trocados entre os membros continham apologia ao nazismo, racismo, homofobia e violência extrema.
Além do caso de Macaé, a operação também resultou na prisão de um homem no Rio Grande do Sul, apontado como líder do grupo, e na apreensão de um adolescente no Rio de Janeiro por armazenar pornografia infantil. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em quatro estados brasileiros.
Apesar das ameaças, o show de Lady Gaga transcorreu sem incidentes. A ação das autoridades ocorreu de forma sigilosa, evitando qualquer risco ao público. Os suspeitos podem ser responsabilizados por crimes como terrorismo, apologia à violência, pedofilia e formação de organização criminosa.