Uma das maiores representantes do reggae brasileiro, a banda Natiruts marcou gerações com canções inesquecíveis e uma energia inigualável. Em fevereiro deste ano, o grupo musical anunciou que a grande história construída ao longo dos anos ganharia um ponto final e lançou uma turnê de despedida, intitulada “Leve com Você”, que chega a Salvador neste sábado (7).
A capital baiana abraçou a despedida da Natiruts e vai descer em peso para aproveitar a última oportunidade de ouvir o ‘reggae power’ da banda ao vivo, na Arena Fonte Nova. Pensando nisso, o Portal MASSA! conversou com algumas fãs e descobriu relatos emocionantes sobre a importância do grupo para a vida delas.
Leia também:
Banda Natiruts anuncia fim e turnê de despedida passará por Salvador
Fernanda Torres cotada ao Oscar? Veja outras vezes em que o Brasil foi
indicado
Alex Maxx aposta em pagodão sobre 'princesa' como hit do Carnaval
As expectativas dos baianos para o show são tão altas, que os ingressos já estão completamente esgotados. Fã alucinada, Fabiane Almeida garantiu não apenas a entrada para a apresentação de Salvador, como também viajou pelo Brasil para acompanhar outros momentos da turnê em cinco estados, sem contar com a Bahia.
“Eu tenho tentado acompanhar o máximo possível, porque realmente eu não sei quando nem se vou vê-los de novo, né? O primeiro show que eu fui dessa turnê foi em junho, que foi para Juiz de Fora, em Minas Gerais, depois eu fui para João Pessoa, na Paraíba, depois eu fui para Recife, em Pernambuco, e fui para os dois primeiros shows do Allianz Park, em São Paulo, 24 e 25 de agosto. E assim, a cada show eu fico mais maravilhada ainda!”, contou ao Portal MASSA!.
Fabiane é fã de carteirinha, camisa, tatuagem, fotos autografadas e muitas viagens para acompanhar Natiruts. Ela conheceu a banda através do irmão mais velho, no fim dos anos 90, quando o nome ainda era “Nativus”. Na época, o reggae era visto com muito preconceito pela sociedade e a jovem escutava as músicas escondida, rebobinando as fitas cassetes para ninguém descobrir que gostava do ritmo musical. O tempo se passou e já não dava mais para disfarçar a paixão que surgiu. Ao todo, são 24 anos de um amor pelo grupo.
Clique nos pequenos círculos abaixo e veja alguns dos momentos memoráveis da fã:
Revirando o baú das memórias, Fabiane relembrou a primeira vez que fez uma viagem para acompanhar a banda. Era junho de 2011 e ela estava planejando aproveitar as férias do trabalho e da faculdade para conhecer novos lugares. Enquanto escolhia um destino para viajar, a jovem descobriu que Natiruts ia fazer shows em Brasília naquele período. Sem pensar duas vezes, ela arrumou as malas e partiu. A partir desse dia, a fã se organiza e percorre vários lugares. Ela já foi até para fora do país, em 2019, para a gravação do DVD da Natiruts na Argentina.
Como saldo, a baiana acabou ganhando o apelido de “cigana do reggae” e acumula muitas experiências inesquecíveis na bagagem da vida. "Seja de carro, de ônibus, de avião, de carona, sozinha, às vezes com as amigas, muitas vezes sozinha mesmo, eu gosto de viajar. Eu sempre procuro viajar para lugares onde tem algum reggae que eu sei que eu vou curtir", contou.
Uma paixão passada de pai para filha
Quem também compartilha uma história de longa data com a banda é Ivana Souza. "Desde a minha adolescência, meu gosto musical foi fortemente influenciado pelo meu pai. Ele ouvia muito reggae em casa, e, a partir disso, comecei a buscar bandas com o mesmo estilo", contou ao Portal MASSA!.
Além da influência positiva do pai, seu Luís Carlos, Ivana cresceu rodeada de amizades que gostam do grupo Natiruts: "Muitos dos meus amigos também eram fãs do gênero, o que me aproximou ainda mais das bandas de reggae. O primeiro álbum que ouvi foi Raçaman, quando eu tinha apenas 12 anos. Isso foi há quase 15 anos, e a paixão pela banda só cresceu ainda mais".
A conexão que Ivana criou com o grupo musical se fortaleceu ainda mais na adolescência, especialmente através do álbum ‘Natiruts Acústico no Rio de Janeiro’. “Cada faixa do álbum me trazia uma sensação de renovação e esperança, como se fosse um companheiro constante durante uma fase crucial da minha vida. Naquela época, eu estava navegando pelas complexas nuances da vida, buscando meu lugar no mundo e tentando compreender melhor a mim mesmo enquanto ser humano. As melodias e letras do álbum serviram como uma espécie de trilha sonora para minha jornada pessoal, refletindo as mudanças e desafios que eu estava enfrentando”, declarou.
Ouça uma das canções desse álbum:
Quem também adora a banda e encontrou nas músicas a força que precisava foi Clara Onofre. “Sempre quando acontece alguma coisa que me tira do eixo eu escuto ‘Meu Reggae é Roots’. Acho que essa música me faz entender como viver a vida do jeito certo, a aprender o que é o amor por mais difícil que isso seja, e acreditar que podia ser mais feliz vendo o outro ser feliz”, disse ela ao Portal MASSA!.
A jovem já sente o coração apertar ao saber que não poderá ter mais a experiência de ouvir Natiruts ao vivo, mas se consola com o fato do trabalho da banda estar eternizado.
“Por um lado fiquei triste por não poder mais viver uma experiência tão linda como o famoso acústico do Rio de Janeiro, mas por outro fico tranquila porque apesar desse ciclo ter finalizado como qualquer outro da vida, eu sempre vou poder dar play e ouvir quando precisar”, concluiu.