A atriz brasileira Fernanda Torres está sendo cotada pela imprensa internacional como uma das dez atrizes que podem conquistar uma vaga ao Oscar 2025. Fernanda brilha no filme Ainda Estou Aqui, no qual interpreta Eunice Paiva, viúva do deputado Rubens Paiva, preso, torturado e morto durante a ditadura militar no Brasil.
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Essa possível indicação marca um momento importante para o cinema brasileiro, que ao longo das décadas teve várias obras e artistas reconhecidos pelo Oscar. Embora o Brasil ainda não tenha conquistado a estatueta, as indicações ao longo dos anos reforçam a relevância do país no cenário cinematográfico internacional. Confira a seguir outras vezes em que o Brasil foi lembrado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas:
O Pagador de Promessas (1963)
O filme de Anselmo Duarte foi o primeiro longa brasileiro a ser indicado ao Oscar, concorrendo na categoria de Melhor Filme Estrangeiro. O Pagador de Promessas conta a história de Zé do Burro, um homem que, após fazer uma promessa a Santa Bárbara, enfrenta desafios para cumpri-la. O filme foi um marco do cinema nacional e ganhou a Palma de Ouro em Cannes.
O Quatrilho (1996)
Após mais de três décadas, o Brasil voltou a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com O Quatrilho, dirigido por Fábio Barreto. A trama gira em torno de dois casais de imigrantes italianos no Rio Grande do Sul que, insatisfeitos com seus casamentos, acabam trocando de parceiros. Apesar de não levar a estatueta, o filme abriu portas para o cinema brasileiro na década de 1990.
O Que é Isso, Companheiro? (1998)
Baseado no livro homônimo de Fernando Gabeira, o filme de Bruno Barreto narra o sequestro do embaixador dos Estados Unidos, Charles Burke Elbrick, por militantes de esquerda em plena ditadura militar brasileira. O Que É Isso, Companheiro? também concorreu ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.
Central do Brasil (1999)
Um dos maiores marcos do cinema brasileiro, Central do Brasil, dirigido por Walter Salles, foi indicado em duas categorias: Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Atriz, com Fernanda Montenegro. A emocionante história de uma professora aposentada (Fernanda Montenegro) que ajuda um menino a encontrar o pai comoveu o mundo. Fernanda foi a primeira brasileira indicada ao Oscar de Melhor Atriz e permanece, até hoje, como uma das únicas atrizes latino-americanas a receber tal honra.
Curioso lembrar que Fernanda Torrer é filha de Fernanda Montenegro, e o filme no qual ela atua, "Ainda Estou Aqui", também é dirigido por Walter Salles. Será que a filha entrará para a história assim como a mãe?
Uma história de futebol (2001)
O curta-metragem Uma História de Futebol, dirigido por Paulo Machline, foi indicado ao Oscar na categoria de Melhor Curta-Metragem. A produção é uma ficção que retrata a infância de Pelé e foi um dos poucos curtas brasileiros a receber reconhecimento internacional.
Cidade de Deus (2004)
A obra-prima de Fernando Meirelles e Kátia Lund, lançada em 2002, recebeu quatro indicações ao Oscar em 2004: Melhor Diretor (Fernando Meirelles), Melhor Roteiro Adaptado (Bráulio Mantovani), Melhor Edição e Melhor Fotografia. Cidade de Deus é uma crônica sobre a vida nas favelas cariocas e se tornou um dos filmes brasileiros mais aclamados da história.
Lixo Extraordinário (2011)
O documentário Lixo Extraordinário, codirigido por Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley, foi indicado ao Oscar de Melhor Documentário. O filme acompanha o artista plástico Vik Muniz em um projeto com catadores de material reciclável no lixão de Jardim Gramacho, no Rio de Janeiro. A indicação trouxe visibilidade para a realidade dos trabalhadores envolvidos no filme.
O Menino e o Mundo (2016)
A animação brasileira O Menino e o Mundo, dirigida por Alê Abreu, foi indicada ao Oscar de Melhor Animação. O filme, que apresenta uma narrativa poética sobre um menino que parte em busca do pai, foi reconhecido por sua abordagem sensível e criativa.
Democracia em Vertigem (2020)
Dirigido por Petra Costa, o documentário Democracia em Vertigem narra o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff e os eventos políticos que se seguiram no Brasil. A produção foi indicada ao Oscar de Melhor Documentário em 2020.