
O rapper Oruam se manifestou nas redes sociais após a megaoperação das polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro, realizada na terça-feira (28), que terminou com pelo menos 64 mortos e 81 presos.
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A ação, considerada a maior operação de segurança da história do estado, teve como alvo o Comando Vermelho e aconteceu nos complexos do Alemão e da Penha, áreas de grande vulnerabilidade social na capital fluminense.
Pronunciamento
Filho de Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, apontado como um dos líderes do Comando Vermelho e preso desde 1996, Oruam classificou o episódio como uma “chacina”. “Maior chacina da história do Rio de Janeiro”, lamentou o cantor em suas redes.
A postagem dividiu opiniões. Enquanto alguns internautas defenderam a ação policial, afirmando que “confronto não é chacina” e que “quem entra no crime tem dois caminhos: ser preso ou morto”, outros se mostraram preocupados com a violência. “Que Deus proteja os policiais e os moradores inocentes”, escreveu um usuário.
O crime é o reflexo da sociedade o dia que eu ver a favela chorar e não vir aqui falar desse sistema sujo não vou estar sendo eu, minha alma sangra, tirar o fuzil existe o ser humano, eu nunca vou achar normal a polícia entrar em uma favela e matar 70 pessoas quando oque sempre…
— 🅞🅡🅤🅐🅜 22 🃏 (@mauro_davi6) October 28, 2025
Mortos na megaoperação
Na manhã desta quarta-feira (29), o Complexo da Penha amanheceu em clima de desespero. Moradores levaram ao menos 55 corpos para a Praça São Lucas, na Estrada José Rucas, em protesto contra a operação.

Segundo o governo estadual, a ação deixou 60 mortos das comunidades e quatro policiais. Os corpos levados à praça ainda não fazem parte da contagem oficial, o que pode elevar o número total de vítimas para mais de 100, conforme informou o secretário da PM, coronel Marcelo de Menezes Nogueira.
