O ator Fábio Assunção, de 53 anos, voltou a levantar a bandeira da legalização das drogas e pediu para a galera abrir o olho e tratar o assunto com mais humanidade e respeito a quem sofre com o vício. Durante um papo sobre internação compulsória, o global disse que é contra esse tipo de atitude, mas admitiu que se arrependeu de ter revelado sua posição durante a entrevista.
"Ninguém vai ser curado de uma coisa que ela não quer. Não adianta. A cura não é só um procedimento técnico, ela precisa da sua energia pra que aconteça. Esse processo de 'auto boicote', que é a compulsão, precisa de você e não de procedimentos. Mas me arrependi de ter falado isso, porque tem casos extremos em que a pessoa precisa", disse o artista ao O Globo.
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Assunção, que já enfrentou o vício em drogas e passou por uma clínica de reabilitação, pediu mais empatia de quem está de fora. "Esse assunto é complicado. A legalização precisa ser entendida. Não é uma questão de permissividade, não é uma torcida para que todo mundo use. É tirar isso do crime organizado e olhar com afetividade. A sociedade precisa olhar pra isso de uma forma mais humanizada, sabe?".
Além disso, o ator, que se tornou uma voz importante no debate sobre o uso de drogas, ainda revelou que há alguns anos recebeu um convite do presidente Lula para participar de um grupo que discutiria políticas públicas sobre o tema.
"Lula queria um programa de governo voltado para o assunto. Chamou psiquiatras, pessoas de gestão pública, de saúde, e me chamou. Queria elaborar um plano, que não se desenvolveu porque ele foi preso, mas ficou esse grupo", contou.