Um dos grandes nomes da música brasileira, Gilberto Gil, que completou 82 anos nesta quarta-feira (26), foi preso em 1976 por portar um cigarro de maconha.
O cantor estava em turnê com Os Doces Bárbaros, banda formada por ele, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Betânia.
Na época, Gil e o baterista da grupo, Chiquinho, estavam com um "baseado" e uma pequena porção da droga. Eles foram presos em flagrante, em um quarto de hotel, no Rio Grande do Sul, e encaminhados para a delegacia.
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Julgado e condenado a um ano de prisão, Gil precisou escolher entre a sentença de traficante ou a condição de viciado, pois na época não havia a figura do "usuário" na legislação.
Orientado por um advogado, o artista se declarou viciado, sendo condenado a um ano de internação em hospital psiquiátrico. Segundo relatos, ele ficou cerca de um mês internado.
O julgamento de Gilberto Gil e os desdobramentos do acontecido estão registrados no documentário "Doces Bárbaros", dirigido por Jom Tob Azulay e lançado em 1976.
Descriminalização do porte de maconha
Os bastidores da vida de Gilberto Gil vieram à tona na mesma semana em que o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.
O julgamento sobre o tema foi retomado nesta quarta-feira (26). Os ministros do Supremo definiram o limite de 40 gramas da 'verdinha' para a diferenciação entre usuário e traficante