O bafafá entre Jojo Todynho e Erika Hilton está longe de acabar. Nesta segunda-feira (16), a deputada federal não “comeu reggae” e seguiu falando sobre o posicionamento de cantora nos últimos dias.
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“Tem trans de direita, negro de direita, indígena de direita, tem tudo de direita, faz parte do processo democrático, faz parte da democracia, não é por que ela é uma mulher negra, gorda, vindo de periferia que ela não pode ser de direita. Mas sabe qual a diferença dela para todas essas pessoas que eu citei agora? É que nenhuma delas usaram a agenda e pauta das pessoas LGBTs pra fazer trampolim para chegar até lá”, disse em entrevista para o programa ‘De frente com a blogueirinha’
“Ela saiu de que tiro foi esse viado, para vamos se aliar a quem quer dá tiro em viado”, continuou a parlamentar.
Para quem não está entendendo nada, a treta começou quando Jojo Todynho postou uma foto ao lado da ex-primeira dama do Brasil Michele Bolsonaro durante um evento do Partido Liberal (PL), que é o partido do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, além disso a cantora declarou apoio ao candidato a prefeito do Rio de Janeiro, Alexandre Ramangem, que é apoiado pela família Bolsonaro.
Porém, o que chamou mais atenção da web e de Erika Hilton foi o fato de Jojo Todynho decidir retirar do ar a música “Arrasou, Viado”, canção feita em homenagem à comunidade LGBTQIAPN+ em 2018.
A repercussão foi tão grande que a deputada fez uma postagem chamando a cantora de traidora. Porém, como Jojo não costuma levar desaforo pra casa, fez uma live e alfinetou Erika.
"Uma tal de Hilton, Hilton. Não sei quem é, porque a única Hilton que eu conheço é a nossa maravilhosa Whitney Hilton. Ela colocou assim, que eu printei: 'traidora, quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor'. Então, sua educação não foi libertadora, porque você está querendo me oprimir. Como que você quer me chamar de opressora, se você quer me oprimir?”
Ainda em entrevista, Erika seguiu dizendo que o problema não é Jojo ser de direita, mas sim se aliar a pessoas que seriam contra as minorias, como mulheres negras e o público LGBTQIAPN+. “Você pousar ao lado de uma mulher que representa o que representa, um partido que representa o que representa, de um ex-presidente que diz que mulheres iguais a ela deveriam ser pesada em arrobas [unidade de medida que serve para pesar bovinos], que os filhos deles foram muito bem educados para nunca se relacionar com mulheres negras... Então você se aliar a isso tendo chegada até a fama pela pauta LGBT? Ela é famosa porque as LGBTs fizeram ela famosa, não foram os bolsonaristas, não foi a direita, e ai ela virar as costas ?”, bradou a deputada.