28º Salvador, Bahia
previsao diaria
Facebook Instagram
WHATSAPP
Receba notícias no WhatsApp Entre no grupo do MASSA!
Home / Entretenimento

No Curuzu - 04/05/2024, 07:10 - Amanda Souza

Afrochefe Jorge Washington prepara evento especial do Dia das Mães

Edição especial do projeto Culinária Musical promete experiência cultural

Afrochef Jorge Washington vai servir banquete no Curuzu
Afrochef Jorge Washington vai servir banquete no Curuzu |  Foto: Uendel Galter/ Ag A Tarde

Comemorar o Dia das Mães com um almoço fora de casa é sempre um desafio. Tem que sair cedo, enfrentar filas, restaurantes muito cheios... Pensando nisso, o afrochefe Jorge Washington está organizando um evento que pode ser uma boa solução.

No domingo do Dia das Mães, 12 de maio, vai rolar uma edição especial do projeto Culinária Musical, comandado por Jorge, e vai oferecer muito mais que um almoço, será uma experiência cultural que envolve gastronomia, moda, arte e empreendedorismo.

“Eu acho que vai ser um presente massa que os filhos podem dar para as mães”, disse Jorge. “Então vamos fazer uma tarde tranquila, sem essa de ir para restaurante, esperar duas horas para almoçar”, disse.

A edição especial vai acontecer na Senzala do Barro Preto, sede do Ilê Aiyê no Curuzu. “É um solo sagrado, vamos ter espaço à vontade, não tem problema com chuva, tudo muito bom”, garante.

O evento começa às 12h e a entrada custa R$ 30. A grande atração do dia vai ser a feijoada preparada pelo afrochefe, que vai levar 37 tipos de carne. Além disso, vai ter arrumadinho de fumeiro, casquinha de siri e até um feijão com legumes para quem não consome carne. Os valores dos pratos variam de R$ 35 a R$ 70.

A festa vai ter ainda apresentação da cantora Juliana Ribeiro com a Banda Aiyê, desfile de moda afro e o espaço da empreendedora com doces e sex shop.

O projeto

O projeto Culinária Musical é um reflexo das experiências de vida de Jorge Washington, que é ator do Bando de Teatro Olodum e também afrochefe, como ele se denomina. O projeto acontece uma vez ao mês, na Casa do Benin, e coloca em prática o que Jorge vê por aí. “Surgiu da minha inquietação e das minhas andanças por Salvador. É um projeto multilinguagens, a comida é o carro chefe e a cada edição tem música, poesia, lançamento de livros etc.”.

Ser um afrochefe

O conceito de afrochefe, segundo Jorge, ele aprendeu dentro de casa. “Esse conceito eu encontrei em casa, vendo minha mãe, minhas vizinhas cozinharem”, conta. Ele explica que ser um afrochefe é diferente de ser um chefe de cozinhas. “Ser o afrochefe é cozinhar em um outro lugar. O chefe vai para a faculdade, estuda medidas, formas de fazer. Um afrochefe cozinha com memórias”, disse.

“Eu cozinho a partir da forma que eu vi a minha mãe fazer, a minha vó e as minhas irmãs mais velhas. O sal, o tempo de cozimento, é tudo no sentimento, no paladar, no testar da textura com o garfo. Eu não calculo tempo, cozinho com o meu sentimento”, garante.

E o conceito vai além do fogão, é sobre o preparo dos alimentos, a escolha dos produtos na feira, a interação com o feirante. “É ancestralidade”, diz.

exclamção leia também