O jornalista Cid Moreira morreu nesta quinta-feira (3), aos 97 anos, por causa de uma falência múltipla dos órgãos. Ele estava no Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro, tratando de uma pneumonia. Além disso, ele também fazia hemodiálise.
Cid é conhecido por sua voz marcante e seu pioneirismo no jornalismo brasileiro, porém, a relação com o filho adotivo fez o comunicador ter seu nome atrelado a polêmicas.
Em fevereiro deste ano, Roger Felipe Naumtchyk Moreira acusou o pai de abuso sexual. De acordo com o filho, Cid teria o obrigado a manter relações sexuais quatro vezes por semana na década de 1990.
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O jornalista negou as acusações. "Ele está insistindo nisso aí há mais de 15 anos. Isso aí já foi julgado e arquivado. Estou encaminhando para 97 anos, não tenho mais condição nenhuma de estar enfrentando essa palhaçada. A Bíblia diz que o filho que insurge contra o pai, merece ser morto", disse em entrevista a Caras Brasil.
"Como ele tá afim de dinheiro, ele fica enchendo o saco. Ele está querendo dinheiro e um pouco de fama. Aí cria essa coisa da mídia falando", declarou Cid Moreira.
Em 2021, em uma entrevista para o Balanço Geral, no quadro Hora da Venenosa, Roger afirmou que o pai havia tirado seu nome do testamento, além de não ajudá-lo financeiramente. Ele chegou a mostrar uma suposta mensagem de Cid. "Eu fiz um documento e deserdei você. Escrevi de próprio punho e assinei. Juntei pareceres de profissionais da saúde para provar que não estou senil. Foi um engano te adotar. Fico feliz em saber que você está sendo capaz de se manter".
A esposa de Cid, Fátima Sampaio, disse nas redes sociais que Roger foi adotado depois de adulto, e que eles estavam chocados com o processo que estava sendo movido.