A ex-dançarina da Gang do Samba, Rosiane Pinheiro, de 50 anos, revelou que foi perseguida por um homem com quem teve um relacionamento amoroso. Conhecida como a eterna 'Raimunda', ela contou à coluna Sabendo com Vini, do Portal MASSA!, que o ex-companheiro, cuja identidade não foi divulgada, chegou a investigar sua vida, descobrindo o endereço onde morava, o que a obrigou a mudar de residência seis vezes.
Desrespeito às ordens judiciais
Apesar de ter denunciado o homem, Rosiane afirmou que ele não respeitava as medidas protetivas, como a ordem de afastamento e a proibição de contato. Ele a atormentava por telefone, questionando se ela realmente tinha certeza sobre o término do relacionamento, chegando a afirmar que estava com um carro parado em frente à casa dela.
"Pra algumas [medidas] pode ter funcionado, mas pra mim não funcionou. Eu me mudei seis vezes em dois anos, e as seis vezes a pessoa veio parar na minha porta", disse Rosiane, referindo-se à insistência do ex-companheiro, mesmo com as ordens judiciais em vigor.
Estratégias para sobreviver
Com medo das perseguições, Rosiane adotou novas estratégias para proteger sua vida e evitar se tornar mais uma vítima de feminicídio. "Os lugares que passei a morar tinham senha, câmera em todos os lugares. Eu comecei a morar perto de empresas de segurança, fiz amizade com os seguranças das ruas e optei por viver em condomínios fechados, onde há câmeras em todos os lugares, como é até hoje na minha casa.... Tem mulheres que morrem mesmo assim, filmando tudo, mas a justiça vai ser feita", acrescentou.
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Rosianhe aconselha as mulheres
Durante a entrevista, Rosiane Pinheiro revelou que passou a ouvir os conselhos de pessoas próximas que a alertaram sobre o relacionamento tóxico e abusivo que estava vivendo. Por fim, ela deixou um alerta para as mulheres vítimas de violência, antes que seja tarde demais.
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"Então, mulher, se você puder fugir disso, antes que fique pior, sem falar nada... E, às vezes, se você tem filho, foge com seu filho, porque às vezes as medidas protetivas não vão adiantar", concluiu, ressaltando a importância de contar com o apoio de pessoas próximas para se livrar do agressor.
Como solicitar Medidas Protetivas de Urgência?
A mulher deve procurar a Delegacia da Mulher ou a Delegacia de Polícia mais próxima, e relatar a violência sofrida. Atualmente, ainda há a opção de acionar a Polícia Civil para registro de ocorrência via Delegacia Eletrônica ou por telefone, no Disque 197, opção 3. O boletim de ocorrência será registrado e, caso a mulher solicite medidas protetivas, a autoridade policial registrará o pedido e irá remetê-lo ao juiz(a), que deverá apreciar este requerimento em até 48 horas.
Também há a opção de se pedir as medidas protetivas via Ministério Público, por meio de uma petição, ou diretamente no Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Fórum mais próximo para que as providências sejam tomadas a fim de proteger a mulher em situação de violência.
Para requerer essa proteção, a mulher não precisa estar acompanhada de advogada(o). As medidas protetivas têm caráter autônomo, ou seja, não dependem da instauração de inquérito policial nem de ação penal. Assim, o juízo tramitará o pedido com rapidez para que a proteção seja efetiva. O(a) juiz(a) decidirá sobre esse pedido antes mesmo de ouvir a outra parte. Caso o requerimento de proteção seja deferido, o agressor será comunicado por intimação imediatamente e estará obrigado a cumprir as medidas, sob pena de prisão. As informações são do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios.