O cantor Edcity, um dos ícones do pagode baiano, foi convidado para se apresentar pela primeira vez no Afropunk Brasil, no domingo (10), em Salvador. Reconhecido por exaltar e valorizar a cultura da periferia, Edcity afirmou em entrevista exclusiva à coluna Sabendo com Vini, do Portal MASSA!, que encara essa participação como uma oportunidade única de representar a força e a musicalidade de sua comunidade em um festival que celebra a diversidade e a cultura negra.
"Antes de qualquer coisa, preciso dizer que estou muito feliz com esse convite. Levar a música que faço, que tem essa temática, que fala da periferia, que fala da favela, para o Afropunk, vai ser incrível! Estou muito ansioso para que chegue o domingo", declarou.
Inspiração para a periferia
Edcity acredita que sua presença no Afropunk traz uma mensagem poderosa para os jovens da periferia que sonham em seguir uma carreira musical. Para ele, a representatividade no palco demonstra que é possível vencer obstáculos e alcançar espaços antes inimagináveis. "Se ver representado ali no palco mostra que você não deve desistir dos seus sonhos. A favela tem uma força enorme e vai vencer. E o primeiro passo é ter um objetivo e correr atrás. Nesse caso, um evento como o Afropunk é uma oportunidade de mostrar que sonhos têm muito valor."
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A colaboração com Larissa Luz
O convite para dividir o palco com Larissa Luz, uma das maiores vozes da música baiana e ativista pela cultura negra, foi um ponto alto para Edcity. Ele fala sobre a empolgação em fazer parte dessa colaboração, mesclando o pagode com novas sonoridades propostas pela banda de Larissa.
"Fiquei extasiado e estou muito empolgado. Ensaiamos arranjos que a banda de Lari propôs para algumas músicas antigas da minha carreira, e o resultado é tão impressionante que a ansiedade só aumenta. Dividir um palco com uma artista gigante como Larissa, com certeza, será maravilhoso", declarou.
Apresentação com o pagodão raiz
Edcity promete uma performance ímpar e adianta que o repertório será recheado de músicas que fizeram história e que vão envolver o público do Afropunk em uma celebração única do ritmo baiano. "Pode esperar clássicos que eu lancei durante a minha carreira, e esse encontro vai ser cheio de energia".