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Vale a pena conferir - 05/08/2024, 06:20 - Adan Nascimento

Sulivã Bispo dá 'spoilers' da nova temporada da sua icônica personagem Koanza

Curta temporada estará no Espaço Cultural da Barroquinha

Esta é uma das personagens mais marcantes do ator baiano Sulivã Bispo
Esta é uma das personagens mais marcantes do ator baiano Sulivã Bispo |  Foto: Divulgação

Uma das personagens mais marcantes do ator baiano Sulivã Bispo, Koanza, volta com curta temporada no Espaço Cultural da Barroquinha, com o espetáculo "Koanza: do Senegal ao Curuzu", nos próximos dias 9, 10, 11, 15 e 16, sempre às 19h. Com um texto afiado e crítico ao contexto de intolerância religiosa e racial, a personagem traz para a nova temporada a presença ilustre do Afoxé Filhos de Gandhy e os blocos afros Ilê Aiyê e Malê Debalê, para ajudar a contar essa história quase nada ficcional.

Criador da personagem, Sulivã comenta a importância de voltar ao espaço que acolheu seu primeiro monólogo e o significado de ocupar o local que carrega tanto da história do candomblé. “Para mim é um espaço muito simbólico porque foi onde eu estreei ‘Kaiala’, meu primeiro monólogo, há 7 anos. Eu volto a fazer ‘Koanza’ num lugar que é muito significativo para mim, principalmente porque o Espaço Cultural da Barroquinha foi o lugar em que se bateu o primeiro terreiro de Candomblé de Keto, no Brasil. É um espaço sagrado, afirmativo, muito emblemático e dentro do Agosto da Igualdade”.

O artista explica a escolha dos convidados: “O intuito é trazer nosso povo para perto, dentro desse ato celebrativo que traz consciência, afirmação e também sabendo que é pra gente discutir o racismo não apenas em novembro, não se conscientizar apenas em novembro, mas puxar esse gancho também para outros meses”, conta Sulivã.

Mostrando que não é sozinha no mundo, Koanza retorna com uma comissão de frente digna da realeza: um corpo de baile composto por dançarinos de blocos afro se junta à ialorixá nesta 6ª temporada do espetáculo. Reis e rainhas se unem à irreverência da personagem em um ato de comunhão entre o teatro negro, a dança e a música afro. “Dessa vez a gente vai ter alabês, como Lucas Maciel, do Neojiba, os clarins dos Filhos de Gandhy, com Milton”, cita Bispo, explicando que os signos escolhidos possuem grande poder.

“Os clarins que estão nas festas de candomblé; o atabaque de um alabê, de um ogã, abrindo os trabalhos. A gente traz sempre signos da nossa comunidade também para dentro do teatro negro, sempre com muito respeito, trazendo litúrgico, mas de uma forma que preserve o sagrado e trazendo a cultura de uma forma ainda mais visceral para a gente. Porque a gente entende que o sagrado precisa ser preservado, mas a identidade, ela também precisa ser revista para que ela possa ser respeitada e conhecida”.

Com produção rebuscada e com posicionamento político ainda mais afiado, Koanza já está com ingressos à venda pela plataforma Sympla.

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