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Saúde íntima - 14/09/2024, 07:30 - Amanda Souza

Sexo e fisioterapia pélvica: seria esse o casal perfeito?

Mulheres e homens podem se beneficiar muito do exercício do assoalho pélvico para que as relações sexuais sejam momentos apenas de prazer, não de dor

assoalho pélvico é a região do corpo que compreende os músculos, ligamentos e tecidos que sustentam os órgãos pélvicos, como a bexiga, o útero e o reto
assoalho pélvico é a região do corpo que compreende os músculos, ligamentos e tecidos que sustentam os órgãos pélvicos, como a bexiga, o útero e o reto |  Foto: Reprodução

Já virou uma lenda, e é até parte do senso comum, que uma dorzinha ou um leve incômodo durante a relação sexual, no caso das mulheres, é parte do processo. O que muita gente não sabe, no entanto, é que essa dor, por menor que seja, pode ser um indício de que algo ali não está certo. Mas esse problema tem solução, e começa pela fisioterapia pélvica, especialidade oferece benefícios que podem transformar o bem-estar físico e emocional, especialmente para aqueles que enfrentam algum desconforto ou disfunção durante as relações sexuais.

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A fisioterapia pélvica é uma área especializada de fisioterapia que trabalha com a musculatura do assoalho pélvico, responsável por funções como controle da urina, suporte dos órgãos internos e, claro, desempenho sexual. Nesse sentido, a fisioterapeuta pélvica e especialista em saúde feminina Aline Manta responde a pergunta: o sexo e a fisioterapia pélvica forma um casal perfeito?

Aspas

São sim, com certeza! A gente precisa cuidar e tratar das pessoas que têm uma vida sexual não tão satisfatória, que têm disfunções, que têm referências de que dói, que incomoda, sem investigar até que ponto esse incômodo é normal.

Aline Manta, fisioterapeuta pélvica especialista em saúde feminina

Esse "match" perfeito entre o sexo e a fisio pélvica serve para todas as áreas da vida e para todas as pessoas, como explica Aline: para o início da vida sexual, para o autoconhecimento e para as pessoas que estão em uma idade mais avançada e querem manter uma vida sexual ativa e saudável. É para as mulheres que sofrem de disfunções como vaginismo ou dispaurenia, ou seja, a dor durante a relação sexual; assim como também é para o homem que sofre de disfunção erétil e ejaculação precoce. Ou seja, é bom para todo mundo!

Aline Manta é fisioterapeuta pélvica, especialista em saúde feminina e fundadora da Fiorella (@fiorellafisioterapia)
Aline Manta é fisioterapeuta pélvica, especialista em saúde feminina e fundadora da Fiorella (@fiorellafisioterapia) | Foto: Denisse Salazar / Ag. A Tarde

De maneira geral, os cuidados com os músculos da região íntima (ou do assoalho pélvico, melhor dizendo), funcionam como os cuidados que temos com o corpo em geral, ou seja: para manter o músculo bem, é preciso fazer exercícios. É nessa "lacuna" que entra a fisioterapia pélvica, com exercícios que vão fortalecer a musculatura dessa região, prevenindo e solucionando essas disfunções.

O que acende o sinal de alerta?

A fisioterapeuta orienta que o ideal é buscar ajuda assim que qualquer desconforto ou alteração na função sexual seja percebida. "As queixas mais frequentes das mulheres nesse sentido são a dor durante a relação sexual e a dificuldade de penetração", explica Aline. Isso pode vir associado à dificuldade de lubrificação e outras questões hormonais e anatômicas da mulher.

Aspas

Não está sentindo prazer, está sentindo dor, está tendo alguma dificuldade durante a relação, precisa procurar um especialista para investigar. Se sentiu dor, tem algo errado: pode ser despreparo, falta de conhecimento, infecção, problemas sistêmicos... o que importa é tratar a dor como um sinal de alerta do nosso corpo.

Aline Manta

Para ter uma musculatura íntima saudável, a gente precisa que o músculo esteja forte, flexível, resistente, ágil, potente e com capacidade de relaxamento. Mas o que é necessário fazer para atingir todos esses parâmetros? "Para quem tem algum tipo de queixa, é importante buscar ajuda médica interdisciplinar, passando por ginecologista, urologista, fisioterapeuta e por vezes até pelo psicólogo, por muitas questões podem estar relacionadas à saúde mental", destaca Aline. "Para quem não tem um problema prévio e busca prevenção ou melhora de performance, um 'plus', pode-se pensar em exercícios de força e de relaxamento com foco no assoalho pélvico", conta.

Aline conta com uma variedade de aparelhos que auxiliam no tratamento
Aline conta com uma variedade de aparelhos que auxiliam no tratamento | Foto: Denisse Salazar / Ag. A Tarde

Essa abordagem múltipla é de extrema importância para todos os contextos. No caso das disfunções masculinas, por exemplo, também é possível passar pela abordagem da fisioterapia pélvica. "A gente tem algumas técnicas tanto para a disfunção erétil quanto para a ejaculação precoce, que também passa pelas questões emocionais e percepções do próprio corpo, que a gente acha que acontece só com a mulher, mas não", diz Aline.

Benefícios para o desempenho sexual

Os benefícios da fisioterapia pélvica para o desempenho sexual são variados e abrangem desde o intervalo da dor até o aumento da libido e do prazer, isso associado a uma segurança de que a saúde está em dia.

Aspas

O grande benefício desse casamento entre o sexo e a fisioterapia pélvica é ter plenitude. A gente já tem tantos tabus relacionados à sexualiadade, e se conhecer, conhecer o próprio corpo traz um grande empoderamento, especialmente para a mulher. Traz uma autonomia e uma segurança sobre o próprio prazer que faz toda a diferença.

Aline Manta

Sexo e fisioterapia pélvica formam, de fato, uma parceria perfeita. Com essa combinação de autocuidado e acompanhamento profissional, é possível garantir uma vida sexual mais saudável, prazerosa e livre de dores.

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