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Justiça - 01/09/2023, 22:28 - Da Redação

Vigília por Binho do Quilombo e Mãe Bernadete segue até novembro

Ação acontecerá às quintas-feiras, até 2/11, e objetiva chamar a atenção para a proteção de quilombolas

Vigília pede proteção para povos negros, quilombolas e indígnas da Bahia
Vigília pede proteção para povos negros, quilombolas e indígnas da Bahia |  Foto: Divulgação

Primeira Vigília por Binho do Quilombo aconteceu nesta quinta-feira, 31, na Igreja de São Francisco de Assis, no Pelourinho, em defesa dos direitos da vida de povos negros e tradicionais, como quilombolas e indígenas da Bahia. O ato acontecerá durante onze quintas-feiras, no mesmo local e horário, sendo concluída no dia 2 de novembro.

A vigília é dedicada a Binho do Quilombo, assassinado há quase seis anos, e Mãe Bernadete, morta em sua casa no último dia 17 de agosto, os dois eram lideranças do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho. Além de 11 quilombolas assassinados na Bahia nos últimos 10 anos, segundo dados da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

O filho de Mãe Bernadete, Jurandir Wellington Pacífico, esteve presente no ato e destacou o legado de seu irmão e mãe, além de pedir à Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) que apresentasse os assassinos à sociedade. A vigília tem apoio de diversos movimentos e coletivos negros, movimentos sociais e estudantis de toda a Bahia.

De acordo com a Educafro, que coordena o ato, a vigília tem como objetivo reivindicar às autoridades a necessidade de proteção dos povos negros, quilombolas e indígenas da Bahia. "Nós vamos manter essa vigília até a prisão dos mandantes e os assassinos das vítimas. Vamos protestar sempre que houver violação de direitos e uma vida ceifada do nosso povo preto”, disse Bruno Gomes, advogado da Educafro.

O Coletivo Resistência Preta, um dos realizadores dos atos em Salvador, destacou a necessidade dos movimentos de resistência e da sociedade se manterem em protesto diante das mortes motivadas pelo racismo.

“Precisamos convidar a sociedade para estar aqui, neste ato, nas próximas quintas-feiras, e em outros atos em defesa da cultura de paz e não de morte. Essa luta é antiguíssima, nós já perdemos muita gente! A história de Salvador, da Bahia, mostra a nossa resistência e perseguição do povo negro e tradicionais do Brasil”, afirmou Dhay Borges, coordenador do CRP.

Além da vigília, outros atos têm sido realizados na capital e em todo o estado a favor dos movimentos negros e sociais diversos, exigindo justiça, identificação dos assassinos e mandantes dos crimes e suas prisões. O objetivo da Educafro é reunir voluntários, que lutam pela inclusão de negros, em especial, pobres em geral, nas universidades públicas.

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