
A vida de quem precisa acordar cedo para trabalhar e garantir o sustento da família não é das tarefas mais simples. Porém, mesmo com todas as dificuldades, muitas dessas pessoas seguem firmes, com um sorriso no rosto e um profissionalismo admirável.
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É o caso de Emerson, de 27 anos, vendedor de salada de frutas na Estação Aeroporto. Em conversa com o Portal Massa!, às 6 da manhã, o comerciante afirmou que considera seu trabalho tranquilo, apesar de precisar acordar com as galinhas.
Além da venda de saladas de frutas, Emerson revelou que faz outros ‘corres’ para garantir uma renda e manter sua família bem.
“Aos finais de semana eu vou à praia trabalhar, alugando piscina para crianças. Sempre estou na busca de fazer meu dinheiro girar”, contou.
Como um bom vendedor, ele destacou a importância da simpatia para cativar os clientes. Segundo Emerson, seu carisma, aliado à qualidade do produto, tem fidelizado muita gente.
“A gente vai cativando o público, brincando com os clientes. Quando eles vêm comprar, a gente faz uma brincadeira, dá um bom dia, fala pra voltar sempre. Vai ganhando a confiança para que o cliente esteja sempre voltando. Tem muitos clientes que são fiéis, que sempre vêm comprar salada de frutas na minha mão”, disse.

Vida dura
Já André Luiz, de 34 anos, vende salgados em Lauro de Freitas. Ele contou que o horário é a parte mais difícil do trabalho, mas que não trocaria por um emprego formal, pois gosta de ser dono do próprio negócio.
“Particularmente, é um pouco puxado, é cansativo porque requer muita disposição. Geralmente eu acordo todos os dias às 3h30 da manhã, de segunda a sábado. Mas, por outro lado, é bom, porque eu trabalho pra mim, pra minha pessoa. Minha irmã é quem fornece os salgados. Então, se eu quiser ficar em casa dois, três dias, eu não vou ter ninguém pra reclamar”, explicou.
André também apontou outras dificuldades da rotina, como lidar com clientes difíceis, principalmente por trabalhar com alimentos, e a ausência forçada na vida familiar, causada pela rotina pesada.
“O estresse é maior por ter que lidar com certos tipos de pessoas. Quando se trabalha com alimento, nem todo mundo vai ficar satisfeito. Acordar às três e meia da manhã, trabalhar cansado, doente, debaixo de chuva ou no frio... Isso torna tudo mais difícil. Além disso, tem o fato de deixar a esposa e as filhas em casa nesse horário”, desabafou.