"Tentou se segurar pela corda", testemunha descreve acidente no Horto

Homem caiu de altitude no Horto Florestal |  Foto: Luan Julião / Ag. A TARDE

Um trabalhador da empresa Pinto&Bordo, cuja identidade não foi divulgada, foi socorrido às pressas por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na manhã desta segunda-feira (29), após cair aproximadamente 15 metros de um prédio de luxo do Horto Florestal, em Salvador.

Informações preliminares apontam que o homem realizava serviços de alpinismo sozinho no lado externo do Edifício Cedro, em uma cadeirinha eletrônica - usada para trabalhos de acabamento - quando despencou da altitude.

Em entrevista ao Grupo A TARDE, uma testemunha, que não quis se identificar, detalhou a cena angustiante de ver o trabalhador desesperado, lutando para não cair.

"Eram mais ou menos umas 11h35, antes das 12h. Ele foi caindo, tentando segurar pela corda para poder amenizar. Foi ai que a corda amenizou. Ele tentou se segurar, aí bateu no muro, entre um prédio e outro ali, e caiu para dentro do prédio. Mas ele veio caindo lá de cima, se segurando", descreveu.

Trabalhador estava em uma cadeirinha eletrônica, realizando serviço de acabamento | Foto: Luan Julião / Ag. A TARDE

Vítima tem quadro estável

A vítima recebeu atendimento dos agentes do Samu e foi encaminhada ao HGE. Segundo nota divulgada pela empresa GRAN HORTO Empreendimentos Imobiliários SPE LTDA, seu estado de saúde é estável, sem fraturas.

"A GRAN HORTO Empreendimentos Imobiliários SPE LTDA reforça seu compromisso com as pessoas que compõem o seu ecossistema, funcionários próprios e terceirizados capacitados para o serviço, e com as normas de saúde e segurança do trabalho".

Sindicato dos trabalhadores 'barrado' do local

Em entrevista ao Grupo A TARDE, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Industria da Construção (Sintracom-BA), Valdomiro Bomfim, informou que a associação foi 'barrada' de entrar no conjunto habitacional para ver o que aconteceu. Ele ficou na bronca pela falta de informações passadas pela empresa.

"Ficamos sabendo do ocorrido mas, quando chegamos aqui, não nos passaram nenhuma informação. Isso é uma coisa que tem que ser passada para o Sindicato, pois não sabemos o que aconteceu, não sabemos o nome do trabalhador, nem a idade, e a gente tem que procurar a família do trabalhador e informar o problema", disse.

Para o Diretor de Saúde e segurança do Sintracon, Arilson Santos, a segurança dos trabalhadores é um tema que deve ser destacado. "Nós já solicitamos a fiscalização. Eu conversei com a responsável pela superintendência regional do Trabalho para participarmos da fiscalização do local e entender o que aconteceu verdadeiramente com o trabalhador".