O superintendente da Secretaria de Infraestrutura de Transportes da Bahia (Seinfra-BA), Saulo Pontes, detalhou, na manhã desta terça-feira (3), os planos de ampliação do Aeroporto João Durval Carneiro, em Feira de Santana. As modificações serão realizadas para que a Princesinha do Sertão, até o final do primeiro semestre de 2025, entre no mapa de viagens nacionais com aviões de grande porte.
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“Estamos preparando o Aeroporto João Durval para atender à demanda atual. Depois da pandemia, a economia mundial sofreu, mas as companhias aéreas foram as que mais sofreram. Como não tinha voo, não tinha demanda de novas aeronaves, então hoje, não tem aeronaves para os voos domésticos para uma interligação de cidades. Aqui em Feira, estamos preparando a pista com a ampliação de 1.500 para 1.800 metros para que as companhias aéreas possam colocar Feira de Santana nas escalas e conexões nacionais com os Boeings para 200 passageiros”, disse o superintendente.
Saulo também revelou que o aeroporto está sendo equipado com PAPI, para maior segurança no pouso, e com balizamento noturno, para permitir voos em qualquer horário. Ao todo, a revitalização do aeroporto irá custar R$ 8,3 milhões em recursos públicos.
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“Na realidade, não é só ampliação, deixar claro aqui: a pista existente, nós vamos prezar ela toda e, para o Boeing pousar, o PCN, que é o suporte da pista aqui, não comporta. Então, nós vamos fazer com duas camadas de ECW para atingir o PCN necessário da carga para o Boeing pousar. Então, não é só ampliação, é recuperar a pista toda, é melhorar o plano de voo com o PAPI nas duas cabeceiras, o equipamento a favor de instrumento, o balizamento noturno, reformar ele todo. Então, na realidade, é colocar o aeroporto para a conexão em escala nacional, para que o Boeing possa pousar aqui e suprir a falta de aeronaves de grande porte”, detalhou Saulo.
O superintendente também comentou sobre uma das maiores reclamações dos feirenses, a BA que dá acesso ao aeroporto. Saulo reconheceu que será necessário uma requalificação e que, caso a prefeitura não tome uma iniciativa, o próprio governo do Estado irá resolver a situação.
“A gente vai assumir e fazer a requalificação para atender o fluxo grande, que nós esperamos. Há uma tendência muito grande desse aeroporto se tornar um aeroporto de carga, até porque Feira é o maior entroncamento do Nordeste brasileiro e aqui é um local ideal. E para que ele se torne no futuro um aeroporto de carga, a gente precisa de um acesso digno”.
A médio prazo, a tendência é que o aeroporto se torne um terminal de carga, inclusive tendo sua logística administrada por uma empresa privada. “A saída é a privatização”, disparou o superintendente.