
Quase um mês após serem atingidos por um incêndio, os casarões que ficaram em chamas no bairro do Comércio, em Salvador, entre os dias 16 e 17 de julho, começaram a ser parcialmente demolidos pela prefeitura.
Quem está à frente dessa missão é a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (Sedur). Segundo o órgão, as remoções abrangem apenas as partes instáveis dos imóveis que foram apontadas pela Defesa Civil de Salvador (Codesal) e do Instituto do Patrimônio Artístico Nacional (Iphan).
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Em entrevista ao MASSA!, o coordenador de fiscalização da Sedur, Everaldo Freitas, explicou como tem sido o trabalho.
“No prédio do incêndio fizemos a demolição parcial de um pilar que ficou realmente muito exposto e totalmente solto. Num outro prédio ao lado, a gente está tendo um trabalho todo minucioso da remoção de elementos que possam colocar em risco os transeuntes que passam por ali. O Iphan pediu para preservar todos os elementos arquitetônicos do prédio, e tirar só o que está em risco”, disse.

Ele também detalhou os procedimentos realizados antes de iniciarem a retirada das estruturas danificadas. “A gente fez uma vistoria totalmente minuciosa do imóvel. Logo após, esses imóveis foram apreciados pelo Iphan. Depois, entram os relatórios envolvendo quais são as partes que serão demolidas e preservadas, já que tem a questão arquitetônica e cultural”, destacou Everaldo Freitas.
Trabalhos devem durar até 15 dias
O coordenador de fiscalização da Sedur ainda revelou que os serviços de demolição devem durar até 15 dias. Contudo, destacou que as equipes estão empenhadas em finalizar o quanto antes.

“Fizemos todo o isolamento da área. É preciso ter todo o cuidado, por isso é um trabalho um pouco mais demorado. Estamos tentando dar uma celeridade no procedimento para poder liberar o quanto antes a via. Sabemos que tem toda uma rotina ali. A gente quer que as atividades voltem à normalidade do seu roteiro, porém, para isso, precisamos trabalhar com segurança”, declarou.
Quando questionado sobre a causa do incêndio ocorrido no dia 16 de julho, Everaldo disse que o laudo ainda não foi passado pelo Departamento de Polícia Técnica (DPT) para a Sedur. “O laudo da perícia quem faz é a técnica. Isso aí não foi encaminhado, não”, comentou.