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Intercultural - 07/09/2025, 19:33 - Vitória Sacramento*

Salvador foi 'invadida' pela cultura japonesa com o Bon Odori; confira

Festival começou na sexta-feira (5) e terminou neste domingo (7)

Festival começou na sexta-feira (5)
Festival começou na sexta-feira (5) |  Foto: Vitoria Sacramento / Ag. A TARDE

Quem desembarcou na estação de metrô Mussurunga neste domingo percebeu um movimento intenso de pessoas fantasiadas. Era a última oportunidade para os amantes de animes exibirem seus cosplays no encerramento da 17ª edição do Festival da Cultura Japonesa – Bon Odori 2025, realizado no Parque de Exposições, em Salvador.

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O evento, que já faz parte do calendário oficial da cidade, e acabou se tornando um dos maiores do gênero no Brasil e, ao longo de três dias, reuniu mais de 80 mil visitantes em uma imersão na cultura japonesa.

A programação contou com oficinas, workshops, concursos, shows, apresentações de dança, artes marciais e opções gastronômicas que conquistaram o público. O sucesso foi tanto que no último dia as filas se estenderam pela praça de alimentação, brinquedos e até nas áreas de atrações, além de provocar leve congestionamento na Avenida Luís Viana Filho (Paralela) devido ao grande fluxo de veículos.

Galera veio de longe

O Bon Odori atraiu muito público de fora de Salvador, de outras cidades da Bahia e até de outros estados. Isso contribui para o turismo e fortalece o comércio, restaurantes e serviços locais. É um evento que ajuda muito a economia de Salvador

Entre os destaques desta edição esteve o dublador e influenciador Guilherme Briggs, voz de personagens icônicos como Superman, Buzz Lightyear e Rei Julien. O palco Haru também recebeu o tradicional concurso Miss Nikkey Bahia e shows de Denilson Félix, Pamela Yuri, Fábio Aruga e do Coral Cosmos. Já o palco Natsu atraiu atenção com demonstrações de artes marciais como sumô, kendô, judô, karatê e aikidô, além da apresentação do Grupo Cultural Wado, que trouxe o Matsuri Dance, mesclando ritmos tradicionais japoneses ao pop, rock e funk.

O espaço cultural ofereceu oficinas e experiências interativas como caligrafia japonesa (shodô), pintura oriental (sumi-ê), oshibana (prensagem de flores), pixel art e até aulas de mangá e comics. Um dos momentos mais especiais foi a tradicional Cerimônia do Chá, que convidou o público à introspecção e espiritualidade. A gastronomia também foi destaque, com mais de 20 restaurantes servindo pratos típicos como sushi, tempurá, udon e lamén.

Impacto cultural

Além da programação, o Bon Odori se destacou pelo impacto cultural e afetivo entre o público. Para muitos, o festival é espaço de descobertas e conexões. A artesã Laís Gomes, de 24 anos, participou pela primeira vez do concurso de cosplay com a fantasia do personagem Asta, do anime Black Clover. “Foi minha segunda vez no Bon Odori, mas a primeira em uma competição. Minha tia fez a roupa e eu mesma preparei a espada com papelão. Foi tudo muito econômico e especial”, contou.

Já o estudante João Oliveira, de 23 anos, foi ao evento pela primeira vez acompanhado da namorada. “Não sou ligado em animes, mas achei o festival incrível. Vi apresentações de karatê, danças e exposições de arte. É uma forma de conhecer a cultura japonesa e como ela dialoga com a brasileira”, afirmou.

Para o engenheiro André Cardoso, de 35 anos, que já participou de três edições, o Bon Odori se tornou um encontro de gerações. “Venho sempre com meus amigos, alguns trazem os filhos para viver essa experiência multicultural. É um evento que já faz parte da nossa vida”, destacou.

Com apoio do Ministério da Cultura, Governo da Bahia e empresas privadas, o Bon Odori 2025 tem se tornado um espaço de integração cultural, troca de experiências e fortalecimento da comunidade nipônica em Salvador. O clima de celebração que tomou conta do Parque de Exposições nos últimos três dias deixou claro que o festival vai continuar marcando a agenda cultural da cidade nos próximos anos.

*Sob supervisão da editora Amanda Souza

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