As ruas de três bairros de Salvador vão ganhar mais vida com o projeto "Tem Arte nas Ruas", que começou a revitalizar, com pinturas artísticas, muros e fachadas de residências e outros espaços. A primeira localidade a receber a ação foi o Curuzu, na Liberdade, e, por lá, as ruas começaram a ficar mais coloridas.
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Dentre os artistas envolvidos na ação, estão Gabriel Mahatma e Lorinha Alvs. Ambos vieram de Fortaleza, capital do Ceará, e pertencem ao projeto Duo Quimera. Ao MASSA! eles falaram sobre o sentimento de estarem em Salvador pela primeira vez e participando da iniciativa "Tem Arte nas Ruas".
“Estamos amando demais isso daqui. Todo mundo muito acolhedor, muito massa. Nos abraçaram de coração pra gente fazer essas pinturas aqui. E a comunidade está sendo incrível. A gente fez alguns trabalhos lá em Fortaleza, que foram os primórdios para que a gente pudesse chegar até aqui. Então, temos esse movimento em todos os cantos que a gente está. Viemos inspirados na cultura do Ilê. Sabemos muito dessa representatividade, o quão bonito é isso aqui. Queríamos ficar mais umas duas semanas, mas a gente está indo embora daqui a três dias. Mas estamos aproveitando. Voltaremos para passear e fazer mais arte”, disse.
Entre as intervenções previstas está o muro da sede do Ilê, que vai receber a restauração da pintura da ialorixá do candomblé, educadora e defensora da cultura negra, Mãe Hilda Jitolu. Ela também foi uma das grandes mentoras do bloco afro. O reparo será feito pelos mesmos artistas que produziram a obra original, Questão Almada, cria do bairro e DK, ambos de Salvador.
O lançamento oficial das obras está marcado para 7 de junho, com café especial, e visita guiada pelos murais que darão novas camadas de significado às paredes que já testemunham décadas de luta e celebração cultural.
Conexão
Muito além de pinturas nas paredes, o projeto também promove conexão cultural, como explica Vivian Alves, coordenadora de comunicação da iniciativa.
“Em todos esses locais vamos trabalhar junto com alguma ONG. A ideia é, justamente, promover o intercâmbio cultural, tanto entre a comunidade e a arte urbana, mas também entre os artistas. Então, no total, nessa primeira edição, a gente vai trabalhar com cerca de 35 artistas, sendo que alguns deles vêm de fora da Bahia. Temos artistas de Curitiba e Fortaleza, mas, de diversos lugares da Bahia. A ideia é pluralizar as multilinguagens de arte junto com esses artistas, promovendo essa troca entre eles”, declarou.
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